Quarta-feira, 12 de dezembro de 2018 - 06h17
Já fui apoiador do sistema. Outros tempos! Bons tempos! Hoje o sistema não é mais confiável. Ficou incompetente e corrupto! Porém, há outro sistema, para o meu desgosto.
Imagine que nos bancos e nas operadoras de telefonia, ele, o Sistema, é irmão siamês da incompetência, da ineficiência, da ineficácia, do tumulto, da indecência cidadã, que nos agride, humilha e nos traz desperdício de tempo, dinheiro e de saúde.
É que o ser humano, ao buscar soluções bancárias e telefônicas, e vendo-se privado do bom atendimento que mereceria recolher dos entes responsáveis, vê alterações na sua pressão sanguínea e sofre ansiedades de todos os tipos quando prosperam a angústia e as decepções.
Imaginemos as pessoas moradoras nas áreas rurais, que acordando cedo, e após percorrerem 20, 25, 30 km ou mais, chegam esbaforidas e empoeiradas nas agências bancárias, para ficar aguardando esse senhor arrogante do tempo, chamado de Sistema, dignar-se a aparecer nos computadores que deveriam estar de plantão.
E quando são avisados que ele, o SISTEMA, atrasou e ninguém sabe quando chega, aí a "porca dobra o rabo"...
São horas e horas perdidas para a inoperância, incompetência e desilusões!
No meu tempo de bancário e de executivo, quando o SISTEMA ficava amuado e não chegava, os profissionais se valiam da criatividade e os serviços voltavam a funcionar. Não se punia o público alvo pela inércia de atitudes e ações!
Naquele tempo se raciocinava da seguinte forma: se você tem um problema, você está em CRISE! Para sair da CRISE tire o “S” dessa palavra e a decomponha mediante a forma CRIE. Sim, crie, de criatividade!
Agora, escravizados pela petulância do SISTEMA, ficam os responsáveis pelos donos dele, indolentes, omissos e negligentes. Aguardando o mau humor dele, o SISTEMA, passar.
Até parece que são apologistas dos princípios que regulam o péssimo habito gerencial: 50% dos problemas não têm solução, e assim, não fazem nada; os outros 50% se resolvem por si só. Então não tomam nenhuma medida...
E o povão é
que se lasca!
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