Segunda-feira, 22 de outubro de 2018 - 16h41
MONTEZUMA CRUZ
Nos ouvidos do povo, o capitão retirado do Exército Brasileiro grita: “Bandidos e vagabundos não terão vez, irão todos para a cadeia”. Papo furado, pois a construção de “apenas” seis novos presídios serviria tão somente para abrigar membros dos três poderes condenados por corrupção, do Caburaí ao Chuí.
“Entupir cadeias” é tertúlia flácida para adormecer vacum. Mas não se subestime o ensandecido, ele não mede consequências. Se acha.
Desgraceira mesmo é que foi “plantada” no meio evangélico, ao qual se devota respeito. Desde o primeiro turno das eleições de 2018 circulam nas redes sociais mensagens nesse sentido: “Ele representa os anseios da família brasileira, princípios cristãos, é contra o aborto, etc etc etc”. Cristão apoia tortura física e psicológica?
Há um tanto de empresários iguais ao homem da Havan, aquele que investiu nessa engenhoca, enquanto fingia – para quem, cara pálida? – que tudo saía do seu “celularzinho” (sic). Por enquanto, estão impunes. Um deles, pateticamente, queixou-se com todas as letras: “Tem que ganhar, porque já gastei demais”.
Seja qual lado for, punam-se os que transformam campanha política em guerrilha eletrônica cujo impacto às pessoas é igual ao do rádio e milhares de vezes superior ao do velho jornal impresso.
Nada edificante a pior campanha presidencial da História Brasileira.
“Seu Lula da Silva, se você estava esperando o Haddad ser presidente pra assinar o decreto de indulto, eu vou te dizer uma coisa: você vai apodrecer na cadeia” – vociferou o capitão, no telão central, em São Paulo.
Quem deseja o mal a alguém, traz o mal pra si também – contem isso para ele. Cristão meia boca não aprendeu direito o catecismo. Inevitavelmente, está sujeito a sofrer no coração e nos cornos os efeitos de sua ira e de seu ódio, reconhecidamente, forças ambulantes nocivas ao ser humano.
Deixe de se iludir e de ufanar, pois a milenar corrupção não se extingue por decreto e nenhum dos poderes da República renunciará a privilégios antes de 2019. Até porque, cada poder aumenta salários quando bem entende, cria penduricalhos e exercem a hipocrisia em se tratando de classes desfavorecidas.
Nem todo o generalato das Forças Armadas acredita em quem abomina a cor vermelha, mas bate continência à bandeira dos Estados Unidos. Tem gente incauta, desinformada, e esta sim, impatriótica, que bateu palmas a esse gesto esquisito.
Ué, o homem pede amor ao verde-amarelo, mas bate continência à bandeira dos EUA?
Documentos históricos revelam que o governo americano colaborou e influenciou diretamente para a cassação (só militares, 1,1mil), sumiço e execução de 11 mil pessoas enquanto durou o regime de exceção instaurado em 1964.
Papai deve ter colocado na cabeça de seus jovens filhos a filosofia do “tudo pode, nós fazemos, o povo quer”. Tanto que, inflamado pelo auditório de uma cidade do oeste paranaense, um dos filhos “vomita”: “Para fechar o STF, basta um cabo e um soldado”. Por aí se vê o grau do ensandecimento.
A administração do Whatsapp bloqueia contas de envios maciços de mensagens. Nunca o velho dito popular foi tão claro: “Depois da porta arrombada, coloca-se a tramela ou o ferrolho”. TSE sabia bem antes o que ocorria nas redes.
A essa altura, resguardados os defeitos do PT – ausência de autocrítica por exemplo –, não há mais como chorar o leite derramado. Ou há? Refiro-me à tática de Goelbells.
Os mais jovens, nem todos, porém os menos dados à leitura da História, nada entenderam no Facebook, quando mencionei esse espírito atormentado a quem chamavam de “ministro da propaganda do nazismo”.
Paul Joseph Goebbels defendeu o nazismo entre 1933 e 1945, sempre pendurado aos bagos de Hitler. Gritava em público, era fanático, apoiava o extermínio dos judeus no Holocausto.
Aqui no Brasil, mulheres negros, índios, homossexuais, quilombolas, movimentos sociais e outros mais, um por um, já foi destratado por esse senhor. O período convulsionado guarda ingredientes de 1943, quando Goebbels começou a pressionar Hitler para que este introduzisse medidas que levassem a uma "guerra total”.
O “mito”, “fake”, frustrado terrorista de quartel, acompanhado de seu “posto Yipiranga” e do general chefe do DOI CODI sob cujos olhos se torturavam e matavam pessoas, querem gerenciar o País.
Com o beneplácito de Macedo, o astuto, e de diversos outros líderes enganados e de milhões de fiéis, mais enganados ainda.
Se ainda não conhecem o pior, anotem eleitores: o inferno é aqui mesmo, na Terra. O Purgatório também.
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