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Montezuma Cruz

Amazônia terá dois bons debates em novembro




MONTEZUMA CRUZ
Agência Amazônia
 
Fazendeiros, agricultores familiares, empresários, líderes políticos, indígenas, pesquisadores de diversos segmentos e alguns especialistas vão se esforçar para responder a esta pergunta: quais os riscos e as oportunidades que as mudanças climáticas trarão para o Estado de Mato Grosso e a sua agricultura?

Já desperta expectativa o seminário "As mudanças no clima e a agricultura de Mato Grosso: impactos e oportunidades", de 8 a 11 de novembro, em Cuiabá. Enquanto isso, na Câmara dos Deputados, a presidente da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, deputada Janete Capiberibe, anuncia o 2º Simpósio "Amazônia: o desafio do modelo de desenvolvimento", de 5 a 6 daquele mês. 

Tasso Azevedo, do recém-criado Serviço Florestal Brasileiro, vai explicar o papel do Fundo Amazônia, criado agora no governo Lula. Sérgio Guimarães, do Instituto Centro de Vida (ICV) e Márcio Santilli, do Instituto SocioAmbiental, abrem o seminário que debaterá desde os cenários do mercado de carbono no mundo, inclusive em terras indígenas da Bolívia.

Na integração lavoura-pecuária, quais são as alternativas para a intensificação da produção e oportunidades do metano? Flávio Wruck, da Embrapa Arroz e Feijão, e Magda Lima, da Embrapa Meio Ambiente, cuidarão do tema. Em três dias de discussão no auditório do Hotel-Fazenda Mato Grosso, os especialistas serão literalmente sugados no que diz respeito às medidas indicadas – mais provavelmente, a serem descobertas – para a redução de emissões desse gás nas atividades agropecuárias.

Estarão também na capital mato-grossense representantes da Secretaria Estadual de Agricultura, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Instituto do Homem Amazônico, federações patronal e de trabalhadores rurais, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo e outros organismos e instituições. Vão falar, e muito. Mato Grosso é emblemático na agricultura do País.

Já na Câmara, a Comissão da Amazônia prevê a retomada dos resultados do seu 1º Simpósio, em 2007, quando foram apontadas políticas públicas em diversas instâncias governamentais e o aproveitamento de pesquisas científicas feitas no País e no exterior. Parlamentares dessa comissão concluiram pela necessidade de formular e definir modelos adequados de desenvolvimento socioeconômico e cultural-institucional na Amazônia Brasileira.

Especialistas

A comissão chamou especialistas na formulação do alardeado conceito do "desenvolvimento sustentável" no Planeta Terra: o mexicano Enrique Leff e o franco-polonês Ignacy Sachs, pais das teorias da sustentabilidade e da racionalidade ambiental em nível mundial, por exemplo. E os notáveis jornalistas Washington Novaes e Lúcio Flávio Pinto; os senadores João Capiberibe  (PSB-AP)  Marina Silva (PT-AC); o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência ((SBPC), Marco Antônio Raupp; o geógrafo Aziz Ab'Saber; dirigentes de movimentos sociais e produtores da Amazônia – carpinteiros navais artesanais, pescadores, parteiras tradicionais, extrativistas florestais, agricultores familiares, indígenas.

Obviamente, aqueles que levarão pancadas, com direito ao esperneio e a respostas convincentes também comparecerão: os dignos representantes da Fundação Nacional de Saúde, Fundação Nacional do Índio, Banco da Amazônia e da ressuscitada Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia. Novembro promete a retomada de tudo quanto a SBPC propôs nas reuniões de Belém e Campinas. E muito mais. O Brasil está numa encruzilhada no debate amazônico.

Reflexões no setembro seco

No quarto mês de seca deste 2008, lembremos das citações de Washington Novaes, lembrando Planet Ark: Uma em cada 8 aves está ameaçada de extinção (no Brasil, 141 espécies). Desaparecem três espécies por hora. Perdem-se a cada minuto 20 hectares de de florestas tropicais (mais de 10 milhões de ha por ano), o maior repositório da biodiversidade.

Para o Brasil, que detém de 15% a 20% da biodiversidade planetária, tem sido uma tragédia.

Fonte: Montezuma Cruz - A Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopinião.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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