Sexta-feira, 24 de junho de 2016 - 16h20
O que leva pessoas a compartilharem nas mídias sociais montagens como essa, que zombam de uma mulher que não faz mal a ninguém?
Não compreendo por que tiram onda de uma figura folclórica da cidade que só leva arte pelos cantos da cidade.
Já inventaram até que ela teria morrido.
Pior, por que chegam ao absurdo de enxotar a Bailarina da praça, de eventos ou de um estabelecimento comercial?
Recentemente, ela quase foi agredida num boteco de um tal Gaúcho, por estar incomodando os clientes do pé sujo.
A Bailarina estava fazendo o de sempre, dançando entre as mesas do estabelecimento, cumprimentando a todos.
Foi xingada de louca, expulsa aos gritos.
Quando divulgaram o fato na imprensa, não me posicionei porque não havia confirmado com ela.
Uma pessoa próxima a mim esteve no boteco há alguns dias, o próprio dono tocou no assunto e repetiu as ofensas carregadas de preconceito.
Se ela incomoda com sua abordagem, nada justifica grosseria ou ameaça à sua integridade física.
Nossa cidade acolhedora, como tantos dizem, tem demônios que se alimentam de preconceito e discriminação.
E se ela fosse candidata e com esse nome? Qual o problema? Elegemos Dindin, Chico Lata, Garçom, Só Na Bença…
Isso, sem falar nos que têm nomes e aparência comuns, aparentemente ‘normais’, que legislaram contra a cidade e o povo.
Não vejo graça em pegar a Bailarina só pra ridicularizar.
Nem ela, nem o Roberto Brega que é outro que não faz a ninguém.
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