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Hiram Reis e Silva

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Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse. (Martin Niemöller)


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Bagé, 01.07.2020

 

O Coronel de Engenharia Higino Veiga Macedo, meu Caro Amigo e Mentor (com letras maiúsculas mesmo), enviou-me outro texto de sua autoria que faço questão de compartilhar com os leitores.

 

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Por Higino Veiga Macedo (*)

 

Em tempo de COVID-19, os brasileiros começaram a ter uma AMOSTRA GRÁTIS do que seria um governo COMUNISTA (marxista, para ficar mais intelectualizado). 

Começo com a “frase, do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB)” ([1]): 

As liberdades individuais não são absolutas no nosso regime constitucional. Há uma construção milenar desde o direito romano segundo a qual, por vezes, restrições ou limitações às liberdades são essenciais para proteger liberdades. Algo que já ocorre com o chamado poder de polícia do Estado. 

Ao defender “limitações de liberdade para proteger liberdades” junto ecoaram duas vozes: Lênin e Hitler. O “poder de Polícia do Estado” me remeteu à KGB e à GESTAPO. O seu “Há uma construção milenar desde o direito romano” – nada mais é do que o estabelecimento de ditadura, com nomeação de um general e uma legião. Talvez não seja esta a que quer o Governador. Talvez a de seu partido. 

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6.341, contra a Medida Provisória 926/2020, aprovada por unanimidade, pelo Judiciário, deixou no Legislativo, a oposição ao Executivo em estado de êxtase. Avaliada as nomeações dos atuais Ministros, entende-se “o porquê”. A União foi desmontada como Federação. A República da Constituição cidadã – “Art.1° A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios”..., juridicamente, antecipou a viagem exploratória de Marte. A ADI foi o AI/5 dos governadores e prefeitos.

É a HEGEMONIA DE DOUTRINA tão apregoada pelo teórico apóstolo da emancipação das massas, Antonio Gramsci. 

Os decretos de governadores e prefeitos, todos democratas e defensores do ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, após a ADI, fizeram inveja a Fidel, a Felicien Kabuga (Ruanda), a Pol Pot (Khmer Vermelho). Depois do apoio dos “guardiões da Constituição”, a demonstração de “desobediência civil” foi clara. Enquadrável nos textos das condenações da Lava-Jato: “conluio, formação de quadrilha, associação criminosa”. Caíram as máscaras quando governadores de estados federados, de partidos contrários ao Executivo, passaram a redigir cartas e manifestos contra atos do Executivo. Menos é claro, o de solicitar recursos. 

Jovens cinquentões! Vocês não viram e nem viveram o Brasil antes de 1964, felizmente. Pergunte aos pais. Jovens trintões, pergunte aos avós. Hoje, é bem parecido com final de 1968 e inicio de 1970. Época em que terroristas assaltavam bancos, assassinavam policiais, sequestravam autoridades. A mídia existente aplaudia: “em armas contra a tal ditadura...” A polícia prendia e os guardiões soltavam. Como na Lava Jato. Os outros dois poderes constituídos Art. 2°, “independentes e harmônicos entre si”, o Legislativo, e o Judiciário faziam como fazem agora: tornar o país ingovernável. O Executivo: preso por ter ou não ter cão. 

Assim, está apresentada uma amostra do seria um governo marxista: seria republicano (pela escolha), democrático (pelo estamento social na escolha), mas não livre. Ir e vir será na “vontade do prefeito”; ir à padaria, na do chefe de quarteirão. Visitar alguém em outro Estado, só com salvo conduto. Viajar de férias para o exterior, só de forma clandestina por alguma fronteira seca. Se, creem que as “TVs” estão tediosas, e agora são várias, saberão o que será tédio com uma, apenas, e com “programas educativos” do governo. As “internets”, que estão lentas, serão todas controladas pelo Estado e não pelo governo. Como hoje na China. Lá todas as ditas “redes sociais” são uma só: a do Estado. Agora, na crise do COVID-19, em Wuhan cidade e Hubei, província, a polícia sabia onde, quando, por quanto tempo, o que comprou e quanto pagou alguém que esteve na venda. Apenas pelo cartão de crédito. 

Em governo marxista, o poder judiciário será como agora: completa interpretação constitucional a favor de quem nomeou seus membros. Vide Venezuela. 

Em “Pindorama”, derrotados em 1935 e em 1964, os marxistas deixaram as armas. Acreditaram em Gramsci e quase implantaram o marxismo pela via eleitoral. Criaram o Foro de São Paulo para orientar a instrumentalização do Estado com leis que os favorecessem. Agora, com o Estado Democrático de Direito montado como precisam, com leis, emendas constitucionais favoráveis e interpretações dos “guardiões” a pedido, está muito fácil de atingir seus sonhos (marxista não tem objetivo). E tem muito candidatos a executivo marxista: basta ouvir os discursos de prefeitos e governadores, de hoje. Há o risco de que “quando eles nos levarem, não haja mais quem proteste ([2]). 

Este é o momento ideológico que navegamos. Nem tudo é funesto com o COVID-19. Ele servirá para que tenhamos então a AMOSTRA GRÁTIS de governos marxistas que muitos ainda sonham e... treinam com a pandemia. 

(*) Higino Veiga Macedo é Coronel da arma de Engenharia do Exército e já está na reserva.

 

Solicito Publicação 

Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;

 

·    Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)

·    Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);

·    Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);

·    Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);

·    Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS);

·    Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);

·    Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);

·    Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);

·    Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO);

·    Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);

·    Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS);

·    Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG);

·    Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN);

·    E-mail: [email protected].



[1]    https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/04/23/liberdades-individuais-nao-sao-absolutas-diz-flavio-dino-sobre-isolamento.htm

[2]    Martin Niemöller.

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