Cochá News 10/10/08

RAPOSAS SEM GALINHEIRO

A impressão que dá é que pela primeira vez Rondônia soube escolher bem seus prefeitos, reconduzindo aqueles que melhor trabalharam na defesa e na promoção o interesse público, e elegendo nomes sem vícios e com possibilidade de realizar um bom trabalho, ao mesmo tempo em que excluiu, cassou do cenário político, pelo menos momentaneamente, velhas raposas “novas”, capazes dos piores atos (usando até o nome de Deus) para permanecerem no poder.

PERIGOSAS FIGURAS

O importante é que certas figuras, perigosas figuras, ficaram sem mandatos, a maioria delas sem poder influenciar nas gestões. É que elas são comparadas a ervas daninhas, tal é sua capacidade de manipulação, de promover danos, influenciar e disseminar seus atos pela Administração Pública. Claro que nem tudo é saiu como o som de Tim Maia, visto que aqui ou ali alguém conseguiu estender seus tentáculos, e então é preciso ficar de olho bem aberto.

VENCEDORES

Um fato, contudo, é estranho: Dirigentes de todos os partidos saíram para comemorar suas vitórias, inclusive o PSDC de Alexandre Brito e o PPS de Moreira Mendes. Então, parabéns a todos! Eles devem ter seus motivos.

NOMES DE RONDÔNIA

Confúcio Moura (PMDB), Roberto Sobrinho (PT) e José Bianco (DEM). Estes são os nomes de Rondônia, e cada qual tem muito o que mostrar, e muito mais a realizar. Há quem concorde e quem descorde, mas Roberto Sobrinho transformou a Capital, e o aspecto mais importante de sua administração foi o planejamento conjugado com as ações que implementou. Já a cidade de Ariquemes está parecendo uma menina. Mérito do Doutor Confúcio Moura que a arrumou e está com a cabeça fervilhando de importantes projetos para a cidade. E Ji-Paraná contou e reconheceu a experiência do ex-governador José Bianco, que trabalhou e preparou a cidade para um grande salto de desenvolvimento, o que certamente ocorrerá nesses quatro anos da nova gestão.

PEDIDO DE SOCORRO

Sem querer falar, mas já falando, é preciso reconhecer o mérito do prefeito eleito de Vilhena, José Rover. Sua eleição deve ser encarada como um pedido de socorro da população de Vilhena, que deseja renovar. Então é preciso fazer uma gestão à altura da expectativa do povo, sob pena de destruir sua esperança. Veja o tamanho da responsabilidade do Zé Rover.

PESQUISAS ENCOMENDADAS

Já que a coluna hoje se dedicou tanto à política, não custa nada a Justiça Eleitoral começar um trabalho sério, como lhe é peculiar, para desmistificar, separar o que é sério do que é leviano, em relação às pesquisas eleitorais. Até hoje ninguém (da Justiça) conseguiu impor regra para o uso (abuso) e publicação de pesquisas. Os responsáveis pelas pesquisas eleitorais, com resultados encomendados, devem sofrer uma pena exemplar, e cabe ao TRE a implementação de medidas para este fim. Esta é uma prática de corrupção camuflada, e por isso tem que acabar para o bem do povo e das instituições.

CRISE ECONÔMICA

Boa parte dos jovens brasileiros de até 25 anos não tem noção do perigo que é a recessão para sua afirmação pessoal, profissional, como chefe de família ou como simples cidadão que busca oportunidade para se desenvolver e crescer. Isto porque a recessão suscita tudo que há de ruim na vida de uma nação – o desemprego que decorre da inércia da capacidade produtiva, a falta de crédito para gerar serviços, obras e bens, o declínio das reservas de riqueza da nação (que são aplicadas na compra de papéis ou da moeda mais forte, por exemplo, para conter sua escalada de valorização, e conseqüentemente emperrar os negócios, as exportações e importações e outras atividades econômicas importantes), sem contar com o perigo que é o mostro da inflação, que em condições favoráveis tende a se agigantar rapidamente.

LULA E BUSH

Na economia assim como na vida, sem dúvida é importante a gente acreditar em nossa própria capacidade de vencer e transpor os obstáculos que se apresentam, mas é fundamental conhecer os limites e as regras do mercado, para enfim reconhecer-se como integrante do mundo globalizado. Não é possível que uma crise econômica de proporções que assola o mundo inteiro passe ao largo do Brasil, que “tem uma economia sólida”. Foi preciso George W. Bush ligar ao presidente Lula para informá-lo do tamanho do problema, visto que ele não acreditava em Henrique Meirelles e no resto de sua equipe econômica.

Cleuber Rodrigues PereiraContatos: [email protected]