Cochá News 05/06/10

PRESSÃO DOS DONADON

No PMDB, quem vê a aparente tranquilidade dos caciques, nem imagina o tamanho da pressão que os Donadons estão fazendo para emplacar o nome de Melkisedek como vice na chapa encabeçada por Confúcio Moura.

FALE DE MIM

A história da pré-candidatura de Melki ao Governo pelo PHS é pura estratégia - tacanha, mas é. Na verdade, político sabe que depende da mídia, que precisa ser positivamente lembrado o tempo todo, e da forma como as coisas se encaminham o tempo pode fechar, pois nuvens escuras tomam o céu da região sul do Estado. Em seu tempo Paulo Maluf dizia: “fale mal de mim, mas fale”. A mídia falou, mostrou e provou. Hoje Maluf está proscrito na vida pública.

LIMPANDO A FICHA

É preciso passar primeiro por esta questão da “ficha” eleitoral, e mostrar trabalho, e neste quesito os Donadon são mestres – é só comparar a bela Vilhena com outras cidades do Estado.

Em tempo: Não se deve mais repetir os gestos de Fernando Collor de Mello – seus punhos cerrados não demonstravam empenho nem força moral. Pelo contrário.

INCONGRUÊNCIA Política realmente é a arte de se transformar de bicho, sapo barbudo ou de outros bichos não menos feios, peçonhentos e traidores, em bichos mansos, bons e amigos. É só analisar a relação existente entre o ex-governador Ivo Cassol, Nilton Capixaba e Expedito Júnior.     DEMÔNIO E SANTO O ex-governador, com sua personalidade arrojada, sempre pareceu claro, transparente em suas intenções, e por isso tinha Nilton Capixaba (PTB) como demônio – ele foi cassado da Câmara Federal pelo escândalo das ambulâncias -, e ao contrário tinha Expedito Júnior como santo, parceiro de toda hora, um grande companheiro.   VAI ENTENDER Hoje, leitor, o companheiro de toda hora do ex-governador Cassol é Nilton Capixaba, o Homem das Ambulâncias, enquanto que Expedito Júnior (líder nas pesquisas eleitorais) não seria mais parceiros e nem desfrutaria de sua amizade. Será?   CASSOL APOSTA EM JÚNIOR (o ex-governador é Expedito Júnior desde pequenino) Mas não se iluda leitor. Tudo isso é mesmo estratégia, e já há aposta no mercado eleitoral de que o candidato do governador Ivo Cassol ao Palácio Getúlio Vargas é mesmo Expedito Júnior. Cahula seria apenas um balão de ensaio, para, na verdade, reforçar a campanha de Júnior. As fichas de Cassol estariam todas com candidato do PSDB, e quem ousar que prove o contrário.   DOR E DELÍCIA É preciso lembrar que Cassol, do alto de todo o seu prestígio, deixou de socorrer pessoas com as quais ele poderia contar em qualquer circunstância – Jaqueline, sua irmã, Eduardo Mezzomo, seu sobrinho, jovens, inteligentes e com vocação para a causa pública – para se aliar com algumas pessoas com as quais seus eleitores tradicionais não concordam. Mas isso é política, né? “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”, Caetano Veloso.

FINANCIANDO O TRÁFICO

A última notícia envolvendo Brasil e Bolívia não podia ser outra, ante a insensata relação de amor e cumplicidade que existe entre o presidente Lula e Evo Morales. Pasme, leitor, o BNDES está financiando a construção de uma grande rodovia na Bolívia que facilitará o tráfico de drogas para o Brasil. Dilma Roussef seria a mentora deste grande projeto, mas isso ... O fato é a constatação de um grande equívoco da política externa brasileira, que tem direção para o abismo. Está na Veja, leitor. Lamentável.

PALANQUE NA EXPOVEL

Pelo menos três conhecidos pré-candidatos nestas eleições planejaram massificar suas propostas e nomes durante a feira agropecuária de Porto Velho, de forma que a festa fosse simultaneamente utilizada como um grande comitê de suas candidaturas, com a benção de grandes caciques PO. Nada de tucura nesta festa. A Justiça Eleitoral vai marcar em cima.

O CHAPÉU E O BONÉ

Usar chapéu é mesmo coisa de quem vive e trabalha no campo ou de quem se diz fazendeiro, pelo menos em época de EXPOVEL – cultura brasileira. Então, que ninguém acuse quem quer que seja (candidato), que use chapéu, de ser partidário do ex-governador Ivo Cassol, muito embora haja quem use até hoje o boné do ex-governador Jorge Teixeira, na expectativa de receber o milagre da eleição. O Mucurão que o diga.

CALO NA VIRILHA

Os críticos precisam saber que é muito difícil usar, ano após ano, esses imensos chapéus de longas abas, que marcam o “cocuruto” do filho de Deus. Se isso já é difícil, tente imaginar uma calça jeans apertada sobre uma sunga violenta, de costura pesada, que até calo faz na virilha (???!!!) – mas tem candidato que gosta e acha bonito. Pior que isso só o arreio de um touro de rodeio que amarga o sedenho que lhe aperta o vergalho e os escrotos. Na verdade, ninguém sabe o que é pior. Por isso é importante respeitar aquele que corajosamente ousa construir uma imagem com aquilo que lhe é bem peculiar e caro.

EX-ASSOMBRADO

Outro não será mais candidato. É muito difícil construir uma imagem e se tornar liderança. ”É terrível ter que sair abraçando essa gente por causa de um voto”. Esse mesmo ex-candidato vivia assombrado pela falta da sombra do seu Poderoso, e sempre levava esculacho e humilhação, justamente por causa de sua folga e desrespeito para com o cidadão. Mas agora está tudo bem. Manda quem pode obedece que tem juízo.

 GRANDES NOMES

As festividades da Câmara, divulgada em belas imagens na mídia, na semana passada, levou muita gente à nostalgia de um tempo já distante, onde o político, por seu ideal, tinha um projeto. Ninguém se lançava candidato para fugir da Polícia ou da Justiça, como muitos fazem hoje. Pela Câmara Municipal de Porto Velho passaram homens com conhecimento e devoção, como Afonso Florêncio e Odaisa Fernandes – cada qual com sua aptidão e valor - nomes que deram credibilidade e marcaram o Legislativo Municipal.

BANINDO AVENTUREIROS

A maturidade de Rondônia, de fato, é algo muito interessante e pode-se dizer incontestável. Até na política, os aventureiros são obrigados a cederem seus lugares a homens descentes, e assim o Estado vai dando passos importantes rumo ao seu desenvolvimento pleno, buscando um lugar de destaque entre seus parceiros da Amazônia. É óbvio que, como em qualquer lugar do mundo, por aqui ainda vamos ver tipos como os deputados da folha paralela. Mas eles vão sofrer uma seleção severa, em que pese seus métodos.

DEPUTADO É DEPUTADO

A renovação no Poder Legislativo não será, ainda, tão grande, mas a condição moral dos que vão integrar o Parlamento, há de levar os “profissionais” a uma profunda reflexão sobre seus papéis – deputado não pode ser ladrão; deputado é representante do povo.

RENOVANDO PARA MELHOR

Falando em renovação, pesquisa de opinião pública divulgada na semana passada (Fênix) revelou um dado muito interessante, pelo menos no que diz respeito à grande região produtora de Ariquemes, que integra também os municípios de Alto Paraíso, Cacaulândia e Buritis, onde os ex-prefeitos despontam como favoritos, e entre eles, o gaúcho Adelino Follador (DEM) lidera a corrida para a Assembléia Legislativa, com 21,3% das intenções de voto. A mesma pesquisa apurou também, que estão bem colocados, o ex-prefeito e atual deputado federal Ernandes Amorim (11,8%), e o também ex-prefeito Altamiro Souza (11%). Mas, de lá mesmo virá muita gente nova. É só esperar.

LIDERANÇA DE FOLLADOR

Este indicativo, revelado pela pesquisa eleitoral, que aponta Follador como líder entre ex-prefeitos e novatos, é o fundamento para se afirmar que a renovação no Poder Legislativo, pode até não ser grande, mas será de muita qualidade. Isso porque Adelino Follador chegou a Rondônia ainda jovem, mas idealista, sonhador, arrojado e bem preparado – estudou técnica, produção e industrialização de tudo do setor primário na Suíça. Por seus méritos tornou-se assessor do ex-governador Jorge Teixeira, e foi prefeito de Cacaulândia por quatro mandatos, onde revolucionou o jeito de administrar, tornando cada cidadão co-responsável pela gestão. Homem centrado e devotado à causa pública, Follador é um dos únicos, ou talvez o único gestor municipal de Rondônia, que teve todas as contas aprovadas pelo Tribunal de Contas. É essa ficha que o credencia a postular uma cadeira no Poder Legislativo, e que também o torna líder nas pesquisas eleitorais.

OLHA A FICHA

Já que falamos em ficha, o cidadão eleitor precisa estar atento para os lobos travestidos em pele de cordeiro. Eles são muito comuns nesta época. Aliás, tem muito político bonitinho, engomadinho e religioso, e que no fundo é um tremendo “ficha suja”.

 

Fonte: Cleuber Rodrigues Pereira -  [email protected]
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