Cochá News 04/12/08

DE VOLTA

Primeiro quero agradecer aos inúmeros telefonemas e mensagens que recebi durante os dias em que estive viajando, sem renovar os textos da coluna. Mas agora estou de volta ao batente, e a Cochá News já está à disposição, a serviço da comunidade.

VIAGEM A MONTALVÂNIA

Durante os dias de viagem, além das cidades de São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, tive a alegria de visitar Montalvânia (MG), a cidade linda, menina do jovem que tem emoção. E foi lá que vivi uma outra grande emoção. Embarquei num ônibus da pioneira Santo Antonio com destino a Brasília, dirigido por Auro Frota Pereira, meu primo. A última cidade que cruzamos antes de entrar no Estado da Bahia foi Pitarana (antiga São Gonçalo), margem do caldaloso Rio Carinhanha – a margem direita é Minas Gerais e a esquerda, Bahia. Ali o ônibus fez uma pequena parada para novos embarques e um cafezinho, como nos velhos tempos. E aí, voltei ao passado. Mas não imaginei, contudo, que voltaria a tanto.

– Desci do ônibus e comecei a andar pela estreita via urbana calçada de paralelepípedo, já bem próximo da perigosa ponte sobre o velho Carinhanha. Ali, em frente de uma pequena casa caiada (pintada), uma saudosa Senhora, sentada, olhava o tempo e as pessoas, sem pressa. Era Dona Nena. Eu não a conhecia, mas ao ser fitado com aquele olhar, eu não resisti, e cumprimentei:

- Bom dia, tudo bem? - Ela me respondeu com alegria, e emendou:
Você está neste ônibus?

– Sim, eu disse, completando que iria a Brasília e de lá para Porto Velho.

Admirada e sem uma noção de distância ela ainda me perguntou:

- É longe?

– Sim, é muito longe, respondi.
Rapidamente, sem querer perder aquela prosa, ela perguntou:

- Tá vendo esse menino, o motorista?

Antes que eu a respondesse completou: Ele é filho Artur, neto de Antonio de Anjinha, o Governo – ele era também conhecido como o Governo. Eu fui cozinheira de Antonio de Anjinha nas políticas, e essa minha vizinha foi casada por ele.

Aqui muita gente tem muitas boas lembranças de Antonio de Anjinha.
Por alguns instantes eu fiquei sem palavras, sensibilizado pelo orgulho com que ela falava de Antonio de Anjinha e pelo que esse nome representa pra mim. Foi, então, que respondi:

- Eu sou primo do motorista, e também sou neto de Antonio de Anjinha. Ela sorriu tentando esconder a falta dos dentes e, mais admirada, perguntou:

- Quem é seu Pai?

- Eu respondi, João Rodrigues, de Montalvânia.

Daí pra frente, leitor, como certamente diria Cláudia Ayres, foi só alegria. Ganhei todos os abraços que estavam contidos e muitos bem guardados por Dona Nena.

NOTA: Antonio de Anjinha é nome como ficou conhecido Antonio Joaquim Pereira, o Juiz que promovia a Paz, fato que o tornou também conhecido como O Governo em toda a região.

LUZ PARA TODOS
(Péssimo exemplo de gestão)

O Programa Luz para Todos foi, durante o exercício de 2008, um péssimo exemplo de gestão no serviço público, que não decorre apenas dos atos do atual gestor, mas da estrutura viciada que parte da Eletrobrás, passa pela CERON e chega ao Programa, inchado de servidores sem o devido preparo, e mal educados no trato com a gente simples do campo. Mas, pior que tudo isso é falta de planejamento e de compromisso global com a sociedade. Este é um programa de trabalho federal que foi idealizado para atender a todos, e não a um ou outro amigo do vereador Tal ou a grupos bem definidos (politicamente).

FILA DO EMBARQUE

Correram os anos de 2006, 2007 e 2008 e os produtores rurais e comunidades da BR-319 esperaram em vão pelos serviços de extensão da rede de energia do Luz para Todos, embora tenham sido três vezes licitados. Na fila de embarque no Aeroporto do Brasília, o coordenador estadual do programa, o economista José Carlos Carregaro explicou para a coluna os motivos que impediram a realização dos serviços – falta procedimento legal -, mas não justificou o desrespeito e a desconsideração do programa, que deixa de cumprir o Estatuto da Licitação (sapateia sobre a Lei 8.666/93) para atender aos pedidos dos certos vereadores, que se dizem representantes do povo. Que povo? Infelizmente, agora, tudo se justifica com a estação das chuvas na Amazônia, período em que nada é possível realizar. Lamentável.

PERIGO NA LAURO SODRÉ

Provavelmente as autoridades ainda não atentaram para o perigo que se transformou a Avenida Lauro Sodré, com a transferência para aquele logradouro, das etapas de treinamento e provas para novos condutores de veículos da Capital. É óbvio que esta é uma necessidade, mas as autoridades precisam entender que a Estrada do Belmont é o único meio de ligação que o populoso Bairro Nacional tem com o resto da cidade. E é exatamente ali, no entroncamento desta via com a Avenida Lauro Sodré que os absurdos acontecem, geralmente com o patrocínio do grande número de carretas que se formam desordenadamente no Posto Fiscal da SEFIN – lá não há policiamento – para o desespero de quem precisa trabalhar ou voltar pra casa. Alô Fernanda, socorro !!!

FERNANDO ONODERA

Os convidados da Associação Fraternidade da Seicho-No-Ie de Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO) tiveram a oportunidade de ouvir o professor Fernando Onodera nos dia 28 e 29 últimos, em grande conferência. O professor que é preletor (aspirante) da Sede Internacional da Seicho-No-Ie falou sobre prosperidade e sucesso, à luz do ensinamento, e foi muito aplaudido tanto no Acre como em Rondônia, de modo que já ficou o compromisso de retornar em 2009. O professor que estará amanhã (06) em Boston (USA), onde fará várias conferências, disse que gostou muito de Rio Branco e Porto Velho, onde conheceu um pouco as marcas da história da colonização e desenvolvimento (ciclo da borracha) neste ponto da Amazônia Brasileira. Muito obrigado !!!

Fonte: Cleuber Rodrigues Pereira
Contatos: [email protected]