Sábado, 7 de setembro de 2019 - 09h33
O
índice de suicídios tem aumentado, notadamente entre os jovens, e assusta. Ou
não? Para muita gente isso não significa nada e tudo é levado na brincadeira.
Mas o problema é muito complicado e requer mais seriedade. Especialistas
enfatizam que uma das causas dos suicídios é a depressão. E é justamente a
depressão que não está sendo levada a sério como deveria. Chacotas têm sido
comuns quando se faz referência à depressão. Quem normalmente brinca com a
situação é porque ainda não se deparou com casos de suicídios entre pessoas
mais próximas. O mais agravante é que as vítimas da depressão nem sempre
demonstram tristeza e podem estar sorrindo o tempo todo.
Numa
realidade conturbada em que estamos vivendo, cabe a cada um de nós passar a
observar mais de perto o comportamento de quem está mais próximo. Nossas
famílias, nossos amigos, nossos vizinhos, nossos colegas de trabalho, mais do
que nunca, precisam da nossa atenção. Especialistas no assunto alertam que
tratar a depressão é fundamental para evitar o suicídio, e que o primeiro passo
é ver a depressão como uma doença que precisa ser tratada. É preciso criar um
clima de empatia para conseguir a confiança da pessoa depressiva, a fim de que
haja condições para que ela aceite ajuda, especialmente de especialistas da
área de saúde.
Campanha
conduzida pela Upjohn, uma das divisões de um laboratório farmacêutico focada
em doenças crônicas não transmissíveis, em parceria com a Associação Brasileira
de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata) e
participação do Centro de Valorização à Vida (CVV), destaca que mais de 90% dos
casos de suicídio estão associados a distúrbios mentais e transtornos do humor,
e que a depressão é o diagnóstico mais frequente, aparecendo em 36% das
vítimas. Os dados mostram o aumento dos casos entre os mais novos, com
prevalência entre os homens, evidenciando a depressão como a quarta maior causa
de suicídio entre jovens no Brasil. Outras doenças que podem ser tratadas, como
o alcoolismo, a esquizofrenia e transtornos de personalidade, também afetam
esses pacientes e por isso afirma-se que o suicídio pode ser evitado na maioria
das vezes.
Isso
é apenas um recado àqueles que insistem em brincar diante da gravidade da
situação, principalmente porque dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)
mostram que o Brasil é o país com maior percentual de depressão na América
Latina, chegando a 5,8% da população, o que corresponde a 12 milhões de
brasileiros. A taxa é maior do que o valor global, que é de 4,4%. Igualmente
maior do que em outros países, a taxa de suicídio entre adolescentes de 10 a 19
anos aumentou 24% de 2006 a 2015. A cada 46 minutos alguém tira a própria vida no
Brasil. A depressão faz parte do nosso cotidiano e nós precisamos levá-la mais
a sério, sobretudo passando a observar mais o comportamento (ou suas mudanças)
de pessoas mais próximas a nós. Esse cuidado pode ser determinante para a
preservação de vidas. Cuidemos mais das nossas famílias e dos nossos amigos
para que não deixemos que sejam afetados pela depressão. A situação é muito
séria e não deve ser levado na brincadeira.
Chagas
Pereira é jornalista, radialista, consultor e palestrante.
O mundo está contaminado e nós somos os responsáveis
O mundo está contaminado, não apenas por um vírus que já ceifou milhões de vidas e tem disseminado pânico, mas pela corrupção, pela violência, pela ho
Viver em harmonia com a Palavra
Nenhum de nós é melhor que o outro, mas podemos crescer em conhecimento, principalmente da Palavra de Deus, e viver com base nesse conhecimento. Isto
Crescer em conhecimento e saber comunicar-se se é essencial para qualquer pessoa, sob todos os aspectos. O conhecimento permite que avancemos como p
Mas nem todos manifestam interesse em conhecê-La