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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 29/04/10


 

 

Frente rachou

A Frente Progressista, a coalizão de partidos criada pra sustentar a candidatura do governador João Cahulla a reeleição, rachou de vez. Inconformados com as atitudes desagregadoras do deputado federal Moreira Mendes, presidente regional do PPS, que força a barra para se transformar em vice de Cahulla, os demais partidos já estão caçando rumo.

 

As conseqüências

Como conseqüência do racha, o Partido Verde se aproxima do PMDB, e o PSDC já é assediado por Confúcio Moura e Expedito para pegar o vice de Cahulla, o deputado Neodi Carlos, presidente da Assembléia Legislativa do estado. A crise se alastra, também, porque o ex-senador Odacir Soares, presidente regional do PSL comanda quatro partidos da aliança, em ritmo de fogo amigo.

 

Ordem do serpentário

Cahulla, que era um desacreditado, e patinho feio, até poucas semanas, chegou à terceira posição na disputa do governo com apoio da Frente Progressista. Agora sua campanha ameaça afundar. A sua expectativa é que o ex-governador Ivo Cassol, na sua volta da China – deve desembarcar hoje no Brasil – consiga botar ordem no serpentário governista.

 

A blitz de Valverde

A melhor forma de desmentir boatos de desistência ou de composição de vice com outras legendas é o pré-candidato ao governo correr trecho interior afora e falar do seu projeto olho no olho da militância. É o que tem feito o petista Eduardo Valverde (PT), abrindo sua campanha com verdadeira blitz na roça. Finalmente o PT entrou nas paradas.

 

Saúde pública

Elogiável a iniciativa do deputado Alexandre Brito (PSDB-Porto Velho) buscando, através de audiência pública discutir a problemática da saúde em Rondônia. Tanto a esfera municipal, como a estadual e a nacional de saúde estão devendo para a população e a crise se arrasta com a chegada de novos migrantes no estado, principalmente na capital.

 

Plano Cebolinha

Caso não seja mais um plano cebolinha de Herbert Lins e Albuquerque, presidente regional do PHS, será realmente lançada à candidatura do ex-prefeito Melki Donadon ao governo do estado, em evento marcado para esta sexta-feira, em Cacoal. Ocorre que na verdade, Lins e Donadon continuam mantendo entendimentos nos bastidores para Melki ser vice de: Expedito, de Confúcio - e até Valverde.

 

Opções do PSB

O deputado estadual Jesualdo Pires, secretário geral do PSB revelou ontem que o partido tem conversado com três legendas visando alianças para as eleições de outubro. As conversações são mantidas pelo presidente regional Mauro Nazif, com o PT, o PDS e o PDT. “É possível que até maio surja uma definição”, acredita.

 

Vice problemático

Até agora apenas o governador João Cahulla (PPS) anunciou seu vice, escolhido democraticamente pelos partidos da base aliada e com o referendo do governador Ivo Cassol, mas a coisa virou em confusão. Os demais postulantes ao Palácio Presidente Vargas estão catimbando o jogo: nem Confúcio, tampouco Acir, Valverde ou Expedito definiram ainda seus vices.

 

Em ritmo de trairagem

O que mais se vê neste inicio de campanha é a prática de trairagem. Muitos deputados estaduais e federais só pensam nos próprios umbigos e já se movimentam em vários palanques ao mesmo tempo. Vamos ver como a coisa vai acabar nas convenções de junho já que os “traíras” podem acabar vetados pelos diretórios regionais.

 

Do Cotidiano

O colapso habitacional

Vivendo um boom populacional com a construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, a cidade de Porto Velho enfrenta uma verdadeira crise habitacional. Em conseqüência da migração intensa, se disputam casas à dentadas, a falta de moradias rareou e o preço do aluguel disparou nos primeiros meses do ano. Além disto, o preço dos imóveis chegou a números inconcebíveis.

Para se ter uma idéia do colapso habitacional, prédios de apartamentos inteiros têm sido vendidos na planta ou ainda durante as obras, e as unidades habitacionais populares edificadas pela prefeitura de Porto Velho são disputadas como um exame vestibular de Medicina. Como não bastasse, as invasões de áreas na periferia aumentaram geometricamente nos últimos dois anos.

Casa de uma suíte e dois quartos, em bairros centrais já é alugada à razão de R$ 2 mil (quando há um ano atrás o preço era no máximo R$ 1 mil). O preço da venda dos imóveis também foi às estrelas com o aumento demográfico em regiões no entorno do futuro Centro Administrativo do governo de Rondônia (antiga Esplanada das Secretarias) e na região do shopping Porto Madeira, construído ao lado do Conjunto Marechal Rondon. Até nos bairros distantes como Ulisses e Marcos Freire se assiste uma alta nos valores de venda e de locação, como também em áreas recentemente invadidas que já foram regularizadas pela campanha fundiária da prefeitura da capital, caso do bairro Lagoinha, hoje contando com drenagem, galerias e suas principais ruas asfaltadas.

Com as áreas de saúde, segurança e trânsito já em caos, a chegada de novos migrantes ocasionada pelas hidrelétricas e criação de novas empresas também gerou crise no setor de moradia que esta prestes a entrar em colapso. A situação é agravada no período de chuvas, com as moradias alagadas e necessitando de apoio da Defesa Civil.

Para atenuar a crise habitacional a prefeitura investe pesado na construção de moradias, mas existem na fila mais de 30 mil inscritos disputando casas populares do projeto Minha Casa Minha Gente patrocinada pelo governo federal. Também a iniciativa privada, através de incorporadoras ergue novos prédios populares e conjuntos habitacionais dotados de infra-estrutura para atender uma surpreendente demanda.

 

Via Direta

*** Em 2010 o governo estadual se mostra mais preparado pra enfrentar o problema do transporte escolar *** A maioria das prefeituras já recebeu reforços financeiros em convênios assinados com o governador João Cahulla *** Pelo pacote de obras lançado pelo prefeito de Ji-Paraná José Bianco, se pode constatar a importância de uma gestão suprapartidária *** A maioria das obras são frutos de emendas parlamentares.

Fonte: Carlos Sperança 
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