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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 28/07


Cartas na manga

Aos poucos, com a mobilização partidária, as eleições municipais do ano que vem começam a ganhar corpo com as primeiras conversações em torno de alianças. Nos três maiores colégios eleitorais do estado, quem está no poder tem as melhores cartas para a jornada da reeleição. Acompanhe abaixo um panorama regional, nos principais municípios.

 

Em Porto Velho

A capital rondoniense, com um eleitorado de quase 250 mil eleitores,  o atual prefeito petista Roberto Sobrinho  caminha para a reeleição ancorado em obras federais, como as hidrelétricas, prestes a serem iniciadas. Além da regularização dos terrenos urbanos, o petista é beneficiado pelo programa bolsa-família que atinge quase 30 mil famílias em Porto Velho. Mas não escapa de um segundo turno.

 

Em Ji-Paraná

Principal pólo regional do estado, segundo maior colégio eleitoral – já beirando os 90 mil eleitores – o município de Ji-Paraná é administrado pelo ex-governador José de Abreu Bianco. Mesmo com uma grande equipe, sua administração começou meia boca,  só ganhando força nos últimos meses. Lidera a corrida para a reeleição e sua maior carta é a obra de duplicação da ponte sobre o Rio Machado.

 

Em Ariquemes

A grande carta do atual prefeito de Ariquemes, Confúcio Moura (PMDB), instalado no terceiro maior colégio eleitoral do estado – são quase 70 mil eleitores – é a construção do novo Paço Municipal. Na atual conjuntura tem se destacado como o grande nome do municipalismo rondoniense. Foi o primeiro a instalar Guarda Municipal e além da nova prefeitura, começa a tocar o teatro municipal, aterro sanitário e coleta seletiva de lixo.

 

Em Cacoal

No município de Cacoal, quarto maior colégio eleitoral do estado – superado por  poucas centenas de eleitores por Ariquemes – o PMDB tem sido a grande força nos últimos anos. O desgaste contra a prefeita Sueli Aragão, que foi reeleita na eleição passada e agora não pode pleitear a reeleição poderá prejudicar o partido em 2008. Volta com força o nome do ex-prefeito Divino Cardoso, do PTB.

 

Em Vilhena

No quinto município mais importante do estado, Vilhena, a   divisão das  forças oposicionistas tem sido o principal combustível da manutenção do clã liderado pelo ex-prefeito Melki Donadon (PMDB) no poder há mais de uma década. Seja com o atual prefeito Marlon a reeleição, o próprio Melki ou qualquer parente, os Donadons continuam favoritos na peleja do Palácio dos Parecis.

 

Prefeitos cassados

Em alguns municípios, onde  ocorreram cassações de prefeitos, casos de Guajará Mirim, Jaru e Ouro Preto do Oeste, temos um quadro interessante. Todos os três – respectivamente Cláudio Pillon, José Amauri e Irandir de Oliveira – continuam poderosos no pedaço e em condições de infernizar a vida dos atuais administradores, seja com candidaturas próprias ou com nomes indicados.

 

Na Zona da Mata

Trocando de saco para mala, não poderia deixar de comentar a estratégia do Sintero em ocupar Rolim de Moura neste final de semana. Está mais do que claro que a iniciativa, de realizar um encontro de três dias na toca do governador Ivo Cassol, visa desgastar o mandarim no seu reduto. O Sintero joga bruto e continua um osso duro de roer, como nos tempos de Piana, Raupp e Bianco.

 

Um pacificador?

Do lado do governador, admito que estou meio surpreso. O que será que está acontecendo com El-Rei, acostumado a pelo menos duas boas pelejas por semana? Não tem lascado a lenha em ninguém  e na última semana nem topou desafios. Nenhuma briguinha prá remédio com oposicionistas. Terá deixado o estilo visigodo? Vai que Cassol  está virando um pacificador...

 

 

Do Cotidiano

 

O combustível nuclear

 
E
m passado recente, ela era a bruxa má para qualquer ecologista digno desse nome – ou modismo. Hoje, defendida ardorosamente por James Lovelock, criador da famosa Teoria Gaia, tido com o "Papa" do ambientalismo mundial, a energia nuclear se apresenta como um sucessor importante e bem aceito para a sociedade que virá depois de finda a Era do Petróleo. O combustível nuclear decorre da transformação industrial do urânio mediante sete etapas que vão da mineração à geração de energia através da fissão dos núcleos de átomos de urânio. Uma turbina transforma vapor em energia mecânica e, por fim, um gerador converte a energia mecânica em energia elétrica. 

Neste momento, as esperanças energéticas brasileiras estão concentradas nas hidrelétricas em construção no Norte do país e na expansão do Programa Nuclear Brasileiro, por mais que as más línguas no exterior apregoem que o Brasil está expandindo sua capacidade nuclear para fins alheios à geração de energia.

Na verdade, não é de hoje que o Brasil vem se preocupando com a energia nuclear. Desde a década de 40, quando se começou a beneficiar a monazita para exportação, foi aberto o caminho para a construção dos primeiros reatores de pesquisa na década de 50, quando o presidente Juscelino Kubitschek criou a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), projetando a primeira usina, em Angra dos reis. Em 1962, o presidente João Goulart estabelecia o monopólio estatal sobre os minérios radioativos, mas não pôde prosseguir com o projeto, pois sobreveio a ditadura militar. Em 1967 o presidente Costa e Silva cria o Programa Nuclear Brasileiro, mas só em 1972 começa a ser construída a Usina Angra 1, que entra em operação dez anos depois. No governo do general Ernesto Geisel foi criada a Nuclebrás. Em 1975 ele assinou polêmico acordo nuclear com a Alemanha, para cooperação na área de enriquecimento de urânio e construção de oito usinas nucleares.

Dessas oito usinas, apenas duas viriam a ser efetivamente construídas e uma terceira vive na gangorra constrói-não-constrói desde o esgotamento da ditadura e o início da democracia. Angra-2 opera desde 2000 e em 2002 foram suspensas as deliberações sobre Angra-3, reabertas agora. O governo, no entanto, anuncia que pretende construir mais quatro usinas nucleares – uma delas na Amazônia, precisamente em Manaus.


Via Direta
*** O próximo censo vai revelar as localidades que já estão pipocando no Vale do Guaporé *** Entre elas, Rio Pardo, Nova Dimensão e Jacinópolis *** Problemas relacionados a urbanização são temas das Conferencias das Cidades *** O PDT se prepara para encontros regionais em agosto no interior de Rondônia e para criação de núcleos de base na capital.

Fonte: [email protected]

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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