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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 07/09


Sem pelejas
Até que a imprensa tentou com uma agulhada aqui, outra acolá. No entanto, nem o governador Ivo Cassol, tampouco  o prefeito Roberto Sobrinho se mostraram propensos a uma confronto nesta pré-temporada. Mas será inevitável que as pelejas ocorram no ano que vem. As duas correntes vão polarizar o pleito na capital e no interior.

Imagem arranhada
Era uma grande oportunidade para a Assembléia Legislativa melhorar a sua imagem. Mas a falta de articulação acabou redundando na indicação do deputado estadual Chico Paraíba para o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado –TCE. Justamente ele que protagonizou com mais cinco o “Caso das Fitas” exibido em rede nacional.

Plano Cebolinha
Até que a encenação das vacas de presépio do parlamento estadual para projetar independência e rebeldia a Cassol  no episódio da indicação de Chico Paraíba ao TCE foi razoável. Tem gente que comeu com farofa o enredo do teatrólogo Ivo Cassol, com figurinos da sua articulação política e efeitos especiais do alto clero do Parlamento Estadual.

Façam as contas
Mas é só fazer umas continhas, que o caro leitor vai ver que Paraíba também teve a aprovação de Ivo na aprovação do seu nome. Foram 15 cassolistas votando em Paraíba. Tudo estava previamente combinado. Até a presença Zé Rover na platéia. Ivo pode desmentir tudo isso, se não referendar o nome de Chico Paraíba. Se ratificar a nomeação ficará provado o “coleguismo”. 

Processo sucessório
A exemplo de outras capitais brasileiras, a classe política de Porto Velho começa a movimentar o processo sucessório do prefeito Roberto Sobrinho. Com cerca de 400 mil habitantes, 240 mil eleitores e com um orçamento reforçado pelo PAC, a conquista da prefeitura de Porto Velho já tão ambicionada como a cadeira do governador.

Fartura de recursos
Além do PAC de Lula se revelar generoso com Porto Velho – uma penca de obras já está em andamento desde saneamento a pavimentação e urbanização – os políticos locais estão de olho no que Furnas e a Eletronorte poderão proporcionar ao município com o advento das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. Em Foz do Iguaçu, Itaipu é quase uma prefeitura paralela.

Próxima gestão
Com as perspectivas de um orçamento bem aquinhoado para os próximos quatro anos, o prefeito Roberto Sobrinho já diz claramente que prefere permanecer os quatro anos, caso reeleito, no Paço Tancredo Neves, do que disputar a sucessão de Ivo Cassol. Como se sabe, o governo estadual tem um orçamento raquítico para dar conta das demandas sociais.

Agenda cheia
Como dirigente estadual do PSB, o deputado Jesualdo Pires cumpre agenda cheia no interior de Rondônia no feriado prolongado, participando de encontros com a ex-prefeita Ines Zanol em Pimenta Bueno e municípios vizinhos. Hoje, em Ji-Paraná, Jesualdo acompanha o desfile cívico com as autoridades municipais.

Matriarcado em Cacoal
Não vi coisa igual na aldeia rondoniense. Cacoal, quarto município do estado em população e eleitorado é o que mais apresenta lideranças femininas. Além da prefeita Sueli Aragão (PMDB) que cumpre segundo mandato, terá na disputa ao Palácio do Café, sede do governo municipal duas mulheres: Raquel Carvalho (PMDB) e Glaucioni Neri (PSDC).

A representatividade
Desde a primeira eleição a Assembléia Legislativa, em 1982, que Vilhena não contava com uma representatividade política tão expressiva no  Parlamento estadual. Com Zé Rover assumindo a vaga de Chico Paraíba, agora o município conta com três deputados estaduais e um representante na Câmara Federal

Do Cotidiano

A legislação ambiental

Estamos habituados, na Amazônia, a contemplar margens amplas, espaços a perder de vista, a grandiosidade encarnada como fauna e flora de imenso alcance, imenso potencial, imenso futuro. No entanto, há questões nas quais as margens repentinamente se estreitam: por que, por exemplo, a legislação de proteção à Amazônia é tão perfeita e a prática é tão imperfeita?

Ninguém no planeta poderá negar que a legislação ambiental brasileira, no que toca ao manejo sustentável das nossas florestas, é justa, adequada, democrática. Decorreu da superação de uma ditadura cuja megalomania estava conduzindo o país a um beco sem saída. Sobreveio ao cabo de mais de uma legislatura no Congresso Nacional, em meio aos debates mais intensos, calorosos e dignos das amplas margens dos nossos caudalosos rios. Mesmo assim, continuamos no olho do furacão: as obras necessárias são atrasadas muitas vezes por firulas técnicas, questiúnculas pseudo-políticas e o predomínio da força sobre a inteligência.

É a força do decreto, da iniciativa predatória, do crime organizado, em oposição à desorganização da sociedade, do Estado muitas vezes ausente em defesa da vida, da cidadania e da lei, apesar do gigantismo paquidérmico das máquinas oficiais, com o cidadão entregue à própria sorte. Evidencia-se o excesso de esperteza no campo da rapinagem, observa-se um povo ainda vitimado pela ignorância, com uma estrutura educacional atrasada, digna de todas as reprovações.

A Amazônia e seu povo multinacional e multirracial fazem por merecer uma educação qualificada não apenas nas luminosas capitais, mas também para descortinar e iluminar as amplas margens pelas quais as pessoas agem, vivem e se multiplicam. A sustentabilidade sofre com uma exploração florestal de apetite pantagruélico e insensato, a expansão da agricultura não obedece a padrões de sensibilidade e adaptação. De um lado, derrubadas irrefletidas, projetos egoístas, amplas margens para a ilegalidade, as invasões e o desrespeito às leis. De outro, margens estreitíssimas para o direito, a proteção, a projeção do amanhã.

Produzir apenas por um lustro, no máximo, e deixar para trás a terra arrasada seria como que repetir o feito demoníaco dos insensatos que atiraram napalm no Vietnã porque não iriam mais poder utilizar aquela terra. É uma espécie de matricídio, matar a nutriz dos próprios lucros, condenar-se ao lucro cessante.

Via Direta

*** O deputado estadual Euclides Maciel está deixando o PSL e ingressando no DEM de Bianco *** Alguns deputados estaduais querem indicar na marra cargos dos comandos da Emater, Secretaria de Segurança e Comando da Polícia Militar *** Haja complôs *** Já notaram? Infartos matam três personalidades rondonienses nas últimas semanas *** Olho no coração...

Fonte: [email protected]

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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