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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 06/10


A separação
O fato político deste ano é a separação partidária do ex-prefeito Carlinhos Camurça com o deputado federal Mauro Nazif depois de duas campanhas juntas. Camurça ingressa no PMDB do senador Valdir Raupp e Mauro Nazif busca carreira solo no PSB e já se aproximando do governador Ivo Cassol.

Água e vinho
Na primeira eleição disputada com os dois desafetos no mesmo palanque, Mauro Nazif, favoritíssimo para ganhar a prefeitura em 2004 tombou pesadamente. Ficou evidenciado que em Porto Velho dificilmente dá certo alianças entre grupos rivais. Houve a insistência da aliança em 2006 e daí quem  acabou caindo no despenhadeiro foi o ex-prefeito Carlinhos Camurça.

Eleitorado conservador
Sem a salada que fizeram na política local, com certeza tanto Nazif poderia ser o prefeito hoje de Porto Velho, como Carlinhos Camurça pelo menos pegaria segundo turno com  Ivo Cassol em 2006. Na última eleição de 2006, pelo menos Nazif conseguiu se safar se elegendo à Câmara Federal, mas continua pagando pela mistura de água com vinho.

Alça de mira
A recente decisão do STF sobre os infiéis coloca alguns parlamentares estaduais rondonienses na alça de mira da perda de mandato. Mas já está tudo devidamente explicado: a coisa vai ser regulamentada ainda e haverá um processo com todo direito de defesa. Como se vê a coisa vai longe, não existe o rito sumário que era almejado pelos interessados.

Nossa Constituição
Recebi e agradeço a obra referente aos 19 anos da Constituinte enviada ao colunista pelo ex-prefeito e ex-deputado federal José Guedes. Guedes foi destacado parlamentar Constituinte e em função de um trabalho qualificado seria eleito prefeito com uma vitória consagradora em 92. Predador político de Raupp, foi esmagado pelo governador. Busca a recuperação nos próximos pleitos.

Amigos radialistas
Só tenho a agradecer os amigos radialistas que tem repercutindo a coluna nas emissoras de rádio da capital e do interior do estado. Agradeço os elogios, as críticas e a repercussão que dão a esse este espaço que tem a pretensão de ser uma resenha diária do que rola no mundo político, buscando mostrar os dois lados da moeda.

A ira dos políticos
Políticos e analistas da área tem uma relação tumultuada, entre tapas e beijos. Quando elogiam os políticos são paparicados quando criticam, enfrentam a  sua ira. Na verdade existe uma relação quase obrigatória  entre as duas categorias e a tendência, caso não se policiarem, é os analistas políticos ficarem parecidos –  ou seja, mentirosos também! – com o tempo.

Gasoduto Ururu
O presidente da Assembléia Legislativa Neodi Carlos e o deputado Jesualdo Pires estão mobilizando a sociedade rondoniense com audiência pública na próxima semana para debater a construção do gasoduto Urucu-Porto Velho. Ambos estão empenhados em fortalecer o movimento que através dos estudantes já foi as ruas.

Rasteando o padre
Sempre que surge um novo fenômeno político em Rondônia procuro rastear a idoneidade do bicho. Neste momento tenho procurado informações a respeito das atividades do padre Franco, do PT, em Cacoal. As informações são das melhores possíveis: tem uma larga folha de serviços prestados a comunidade principalmente na área de saúde e assistência social.

Do Cotidiano
O potencial das riquezas
A grande questão da Amazônia, hoje, é também a grande questão do Brasil. Como aproveitar nosso enorme potencial de riquezas para que elas não se esgotem? Como assegurar a sustentabilidade, de forma que no futuro as novas gerações também possam extrair da natureza riqueza e desenvolvimento?
Toda contribuição será bem-vinda a esse debate. Neste momento enfocamos a contribuição do empresário Carlos Adílio Maia do Nascimento, diretor da Empresa Nacional de Tecnologias Limpas e integrante do Conselho Temático de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria. "Apesar do agronegócio já movimentar um capital maior do que o setor de petróleo", diz ele, "ainda existe uma distorção importante que precisa ser corrigida na cadeia".
Para Nascimento, a cadeia do agronegócio se divide em três níveis: "Antes da porteira, dentro da porteira e depois da porteira". A seu ver, a distorção que se nota está exatamente na distribuição do capital entre os três níveis, pois o capital está ficando concentrado depois da porteira. E dentro da porteira, onde está o produtor, que é quem corre todos os riscos, está diminuindo o volume de capital. "Vê-se então uma concentração da renda para a agroindústria (o depois da porteira), e diminuição da renda para o produtor e para o antes da porteira também (o setor fornecedor de maquinário, equipamentos, mantimentos etc)".
Isso ocorre porque o produtor é quem compra a máquina, o adubo, os agroquímicos. Assim, se o produtor está empobrecendo, o setor que é mantido por ele também está empobrecendo. As distorções desse cenário que Nascimento descreve magnificamente como "o antes, o dentro e o depois da porteira" precisam ser corridas, segundo sua receita, disciplinando a cadeia toda, entendendo que sua força depende da força do elo mais fraco: "A cadeia pode ser extremamente forte, mas se tiver um elo fraco, arrebenta ali".
O Brasil pode produzir muito mais alimentos e não precisa substituir áreas com produção de comida por uma nova monocultura, da produção de álcool em quantidades absurdas. Atualmente. Ocupamos com agricultura apenas 47 milhões de hectares, quando temos um potencial de 170 milhões de hectares disponíveis para ser cultivados. Isso sem comprometer a Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal ou áreas de preservação ambiental – apenas utilizando áreas apropriadas para fazer agricultura.
Essa lição, oferecida por um experiente homem de negócios, um agricultor consagrado e um especialista em tecnologias limpas, vem a calhar para a Amazônia, onde há um entrechoque entre a preservação a todo custo e o lucro a todo transe, quando na verdade é possível preservar e lucrar desde que haja sabedoria na condução do processo de desenvolvimento.

Via Direta
*** O deputado estadual Euclides Maciel jura que nunca  mais vai votar matérias nas sessões corujas da Assembléia Legislativa *** Tudo isso para evitar as frias, aprovando projetos a troque de caixa que tanto tem desgastado aquele Parlamento *** O balanço de novas filiações do PMDB foi dos melhores: pescou  muitos prefeitos e ex-prefeitos em todo estado *** Raupp, de novo, bombou nas articulações.
Fonte: [email protected]

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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