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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 02/10


A reeleição
Nas capitais brasileiras os atuais prefeitos, de acordo com as primeiras pesquisas, vão levando vantagem sobre os oponentes  que fragmentam o eleitorado oposicionista. São os casos de Beto Richa (Curitiba), José Fogaça (Porto Alegre) e Roberto Sobrinho (Porto Velho). Como terão segundo turno pela frente, correm ainda o risco de enfrentar coalizões oposicionistas.

Em Porto Velho
Na capital rondoniense - que festeja hoje 93 anos de emancipação - as primeiras sondagens eleitorais vão apontando o deputado Lindomar Garçon (PV) como grande adversário de Sobrinho num eventual segundo turno. Se, no entanto, o governador Ivo Cassol se decidir por um outro nome, Alexandre Brito, por exemplo, a base governista racha beneficiando outros postulantes, como Dalton di Franco (PDT), Adilson Siqueira (PSOL), Davi Chiquilito (PC do B).

Panorama no interior
Há um ano das eleições  municipais de 2008, a exemplo do que ocorre nas capitais brasileiras, a maioria dos prefeitos dos pequenos e médios municípios vão levando vantagem sobre os adversários na busca da reeleição. Como no caso de Rondônia, nenhum deles no interior, terá segundo turno,  os atuais alcaides serão contemplados também pelo divisionismo da oposição.

Em Ji-Paraná
Em Ji-Paraná, segundo maior colégio eleitoral do estado, com quase 80 mil eleitores, as sondagems indicam o prefeito José Bianco caminha a passos largos para mais quatro anos no Palácio Urupá. Os adversários são Zé Otônio ou Euclides Maciel (PSDB), Edvaldo Soares (PMDB), e Joarez Jardim (PSDC).

Em Ariquemes
No município de Arqueemos, terceiro maior colégio eleitoral do estado, também o prefeito Confúcio Moura (PMDB) pavimenta com competência sua reeleição e é beneficiado pelo racha da oposição. Na capital da produção, Moura terá pela frente a ex-prefeita Daniela Amorim (PTB) como principal oponente.

Em Cacoal
As primeiras sondagens eleitorais da temporada já apontam um  novo fenômeno político em Rondônia. Confesso que nunca ouvi falar no seu nome: Padre Franco (PT). Seus principais adversários serão a vereadora Glauciony Neri (PSDC), o ex-prefeito Divino Cardoso (PTB) e a presidente da Câmara de Vereadores Raquel de Carvalho (PMDB) 

Em Vilhena
Faça chuva ou faça sol, o clã Donadon, seja quem lançar – Marlon, Melki, Natan ou Marco Antonio ou até o pagagaio de estimação da família – já entra na peleja com favoritismo, beneficiado pelo tradicional divisionismo da oposição na aprazível Vilhena, hoje quinto maior eleitorado do estado. E enquanto a oposição não se entender, o cenário dificilmente mudará no Cone Sul.

Em Jaru
Apeado do poder por malversação, o ex-prefeito e atual estadual José Amauri (PMDB), atual deputado estadual, abre a pré-temporada ponteando a corrida pelo Paço Municipal de Jaru. Se quiser permanecer no Legislativo, poderá lançar seu irmão, o aposentado Batista da Muleta. O clã é favorecido pelo desgaste da atual administração de Ulysses Borges.

Em Rolim de Moura
Na fantástica Rolim de Moura, terra dos caciques Ivo Cassol e Valdir Raupp, está localizada a maior decepção das primeiras pesquisas. A prefeita Milene Motta (PTB), que derrotou o candidato apoiado dos caciques na eleição passada, numa verdadeira façanha política,  desabou pesadamente na aceitação popular.

Disputa particular
Ainda Rolim: Na disputa particular entre o senador Valdir Raupp e o governador Ivo Cassol, o peemedebista vai levando a melhor, já que seu candidato Luizão do Trento vai ponteando a maratona. Logo em seguida, Josias Custódio, nome abençoado por Ivo, vem na perseguição, tendo no retrovisor o ex-prefeito Tião Serraia.

Do Cotidiano

O aproveitamento energético

Sem a menor vontade de meter água na fervura dos ufanistas que vêem na extração do biocombustível não só a redenção final do agronegócio brasileiro mas também a inauguração, nos trópicos, de uma nova era para o planeta, há que reconhecer as deficiências com que ainda nos debatemos. Esse reconhecimento é fundamental para que a ufania de fato se concretize, pois as demais nações estão vendo o mundo da mesma forma que nós: uma época de transição em todos os aspectos.

Os bons cientistas brasileiros, que não tapam o sol com a peneira nem acendem fósforo perto de gasolina, sabem que neste momento, quando a produção ainda não alcançou o volume ambicionado, já existe um importante desperdício energético não por falta de terra, bons braços ou vontade, mas por falta de tecnologia.

A indústria de açúcar e álcool brasileira tende a ficar para trás se não investir em tecnologia, segundo o pesquisador Ademar Hakuo Ushima, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), por uma simples lei deste terceiro milênio.

Os fatos estão à mostra. Ao sonegar investimentos que poderiam estar sendo feitos para aumentar o aproveitamento energético da cana-de-açúcar, deixamos de pôr uma fortuna no cofre. Atualmente, utiliza-se apenas 17% do bagaço e quase toda a palha da cana é queimada ou deixada no campo, embora haja opções disponíveis para que o aproveitamento do bagaço suba para 45%, e o da palha, para 50%. O simples uso desses dois resíduos aumentaria o aproveitamento energético dos atuais 21%, número médio de uma usina, para 50%. Estamos jogando fora a energia de uma virtual "Itaipu" unicamente por sub-aproveitamento do que já temos. O investimento reduziria também o consumo do vapor d'água de 540 para 340 quilos por tonelada de cana.

O que pode ser feito? As pesquisas do IPT sobre a conversão de biomassa em etanol pelo processo de gaseificação mostram-se promissoras. A tecnologia permite o aproveitamento de toda a biomassa da cana, por meio da conversão em gás e posterior liquefação do gás em etanol. O rendimento é o dobro do processo por hidrólise enzimática, visto que não há distinção dos componentes celulares da planta. "Tudo é aproveitado", garante Ushima.

Observa-se, portanto, que o setor sucroalcooleiro está perdendo a chance de aproveitar essas vantagens e sair na frente por não investir em melhorias das usinas e em inovação tecnológica.

Via Direta

*** O PMDB  já tem candidatura própria em Ji-Paraná, importada do PDT *** O ungido é o radialista Edvaldo Soares ***  Final de semana de encontros regionais no interior do estado *** Do PP de Expedito Júnior em Alvorada do Oeste, do DEM de José Bianco Em Ji-Paraná e do PDT de Acir Gurgacz em Cacoal *** No último dia de filiações, o PDT teve uma enxurrada de novas adesões na capital e no interior.
Fonte: [email protected]

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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