Terça-feira, 28 de junho de 2011 - 16h33
No âmbito estadual os trabalhos perfazem quase sete meses. Na esfera municipal estamos no momento de desenvolvimento da conjuntura para próxima eleição, aonde os personagens vão se formatando seja à custa de trabalho, seja à custa de acusações. Diante desse contexto e das últimas discussões armadas, uma pergunta não quer calar: o momento é oportuno para acusações levianas?
Vemos um prefeito que está prestes a concluir o segundo mandato, coisa muito difícil ultimamente em todas as esferas do poder, e que como em qualquer administração teve seus problemas em algumas obras; e temos acusações levianas de um deputado que sequer concluiu seu mandato de vereador, e que provavelmente, não vá concluir o de deputado, vez que parece ser um dos personagens a se articular para disputa da prefeitura no próximo certame.
O momento parece oportuno pra o ele, afinal se elegeu deputado sem o apoio do atual prefeito, e pretende usar o ataque contra a atual administração para sucedê-la ou lançar um sucessor. Porém, deixar mais um mandato em aberto para tentar outros pleitos e perder as energias produtivas atacando alguém que nem será candidato, ao invés de criar emendas para justificar os votos de confiança do povo que o elegeu, soa inoportuno nesse momento de início de mandato, além de parecer apenas uma rusga mal resolvida pela falta de apoio na candidatura à assembleia.
Mais inoportuno é perceber que o momento foi escolhido com o intuito de enfraquecer a atual administração municipal em virtude das denúncias apresentadas em rede nacional, que vale salientar, já foram esclarecidas em alguns pontos, sendo claro que já que é tão detentor da verdade, poderia tê-lo feito a mais tempo, ou será que são só acusações levianas em momento oportuno?
O fato é que o deputado esqueceu até mesmo de que roupa suja se lava em casa, nesse caso no próprio partido, e nem os seus correligionários respeita mais, vai a público tentar denegrir a imagem do prefeito e termina por denegrir o próprio partido dando margens à oposição e agindo de forma desleal. Coisa que já é de praxe para o deputado, vez que foi eleito pela classe dos trabalhadores em transporte, e em várias oportunidades votou contra os interesses da classe. Rompeu elos políticos e pessoais com aliados próximos por demonstrar que lealdade não é o seu forte.
A ocasião faz o ladrão, e nesse caso a linha tênue entre o oportuno e o inoportuno fizeram a caveira. O tiro saiu pela culatra, e o deputado saiu com a imagem muito mais aranhada do que o prefeito, que responde às acusações com as máquinas nas ruas, que são muito mais produtivas e benéficas ao povo do que um mandato de quase sete meses que ainda nem sequer começou a se justificar.