Porto Velho (RO) quarta-feira, 8 de maio de 2024
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Carlos Sperança

Recursos destravados e sem dó e piedade da população de Porto Velho


Recursos destravados e sem dó e piedade da população de Porto Velho - Gente de Opinião

Recursos destravados

A busca de recursos para promissores projetos bioeconômicos é um garimpo saudável. Há pouco, o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, falando em conciliar meio ambiente e desenvolvimento, avaliou que a Amazônia é um foco de atração de investimentos no quesito ambiental. Nesse sentido, as viagens do presidente Lula da Silva provocaram a motivação de interesses que, segundo o ministro, vão atrair 10 bilhões de dólares em investimentos por conta dos títulos verdes.

Tudo indica que apesar do triste espetáculo físico de rios secando e as perspectivas de economia apertada no futuro imediato, com a fumaceira da guerra na Ucrânia, a União Europeia assustada, os EUA desabando na dívida e a China apresentando sinais de exaustão, as fontes de recursos estão se abrindo em movimento que não deve cessar.

Há a imediata perspectiva da breve recepção de investimentos em torno US$ 250 milhões, provenientes de parceria entre o Banco do Brasil e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), recursos destinados a apoiar bioempresas e produtores rurais, além de geração de energia a partir de fontes renováveis e preencher o vazio de conectividade que ainda isola áreas da floresta. Segundo as instituições financeiras, os recursos vêm da conta dos 12 compromissos de Sustentabilidade do BB e do programa Amazônia Sempre, do BID. São destraves importantes.  

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Os clãs políticos

Perdendo espaço nos últimos pleitos, os clãs políticos de Jaru (Os Muletas), de Ariquemes (Os Amorins) e de Vilhena (Os Donadons) vão buscar recuperação nas eleições municipais do ano que vem. Alguns com força para se reabilitar, outros com dificuldades para enfrentar novas lideranças que vão surgindo através dos tempos. O clã Donadon sobrevive com a deputada Rosangela, mas longe daquele grupo político que já teve prefeitos como Melki, presidente da Assembleia Legislativa como Marcos Antônio Donadon e deputado federal como Natan Donadon.

As dificuldades

As dificuldades maiores estão com o clã dos Amorins, em Ariquemes. A família política já teve o senador Ernandes Amorim, que foi tampem deputado estadual e prefeito, filhas e filhos prefeitos em Ariquemes e Alto Paraiso. Ultimamente apenas Ernandes Amorim atuava como vereador em Ariquemes, mas não conseguiu se reabilitar na eleição de 2022. O mesmo dilema vivencia o clã dos Muletas em Jaru, onde dominou o cenário político regional durante um bom tempo. Tanto os irmãos Muletas, como Cassia, que foi prefeita e deputada estadual estão enfrentando os novos tempos, com lideranças emergentes.

O narcotráfico

Apreensões de até 500 quilo de cocaína nas estradas acreanas e rondonienses em ações de rotina pela PRF, revelam os carteis bolivianos, peruanos e colombianos avançando. Rondônia, por exemplo, tem conexões tradicionais de tráfico, com o Nordeste, Pará, Sudeste do País, através do Porto de Santos, de onde as grandes cargas de pó são enviadas para o exterior. O tráfico se transformou num grande negócio se espraiando pelas rodovias rondonienses, pelos rios que dividem o Brasil com a Bolívia e o Peru e até pelo espaço aéreo com pequenos aviões. A coisa só tem piorado nos últimos anos.

Sem dó e piedade

Sem dó e piedade da população de Porto Velho, que vivencia dias difíceis na arrecadação o que obrigou o prefeito Hildon Chaves contrair empréstimos para seguir seu plano de obras, os 21 vereadores da capital rondoniense visando vitaminar o bolso para as eleições do ano que vem estão criando emendas parlamentares vultosas – em torno de 1 milhão por cabeça. Querem obter os mesmos benefícios dos deputados estaduais na Assembleia Legislativa, federais e senadores no Congresso Nacional. Não bastasse aumentaram de 21 para 23 o número de cadeiras para a próxima legislatura. É coisa de louco!

Tem explicações?

De um lado, a inauguração do complexo turístico histórico da Estrada de Ferro Madeira Mamoré sofrendo sucessivos adiamentos, depois de ter sido considerado concluído. Ninguém dá explicação a respeito e a coisa começa a gerar desconfianças. O que estaria acontecendo? De outro lado, sabe-se que o Tribunal de Contas do Estado –TCE começou a acompanhar mais de perto as obras da construção do terminal rodoviário de Porto Velho. São assuntos, que entendo, por ser relevantes poderiam ser mais bem explicados já que suscitam suspeitas nos bastidores.

Via Direta

*** Com o adiamento da votação da minirreforma eleitoral e seus efeitos só valendo para 2026, muitos possíveis candidatos a prefeito ficaram na mão *** Ocorre que com as mudanças as inelegibilidades seriam flexibilizadas, mas isto só aconteceria se a lei fosse promulgada até 5 de outubro, um ano antes do pleito municipal *** Começa a formação das chapas para vereança em Porto Velho. Em alguns partidos os ex-deputados estaduais são considerados “personas no grata” tendo em vista esquemas poderosos por trás das suas candidaturas *** Como se sabe, os deputados estaduais que perderam as eleições em 2022 são fortes predadores dos atuais vereadores na capital. E tem uma penca deles já em campanha.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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