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Carlos Sperança

O nó está na pobreza e costuma-se se dizer que em Rondônia, os últimos serão os primeiros


O nó está na pobreza e costuma-se se dizer que em Rondônia, os últimos serão os primeiros - Gente de Opinião

O nó está na pobreza

O sucesso da bioeconomia como redenção do Brasil, tirando-o da encalacrada situação de baixo crescimento, depende da resolução de três problemas limitantes. Um é o atraso infraestrutural, causado por má gestão pública, afetada pela corrupção e a prevaricação. Outro, o crime transnacionalizado, que se expande e desafia o país. Como este, vencer o terceiro – a pobreza – depende da soma de esforços locais e internacionais, porque a conjuntura mundial joga forte, para melhorar ou piorar as condições internas. Aliás, as ações unilaterais do perturbador governo argentino já começam a ter consequências no Brasil.

A propósito desse desafiador problema, vale destacar recente manifestação de Judson Ferreira Valentim, cientista do solo da Embrapa. Em situação similar à de Coari (AM), a “Dubai brasileira”, voltada à exploração do petróleo e do gás, “a biodiversidade é rica, mas muitas pessoas são pobres”. Em consequência, prossegue o pesquisador, “não conseguimos proteger a floresta sem lidar com a pobreza da Amazônia”.

Não é mais o caso da velha fórmula de fazer o bolo crescer para depois dividir, ou seja, antes fazer a floresta gerar riquezas para depois elevar a renda dos povos. A tarefa é melhorar a situação social para que a floresta possa gerar o máximo de riquezas para todos. Uma inversão de lógica potencialmente capaz de cutucar a inteligência nacional em busca das melhores soluções.

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Fazendo as contas

Todo mundo já fazendo as contas sobre as eleições municipais do ano que vem em Porto Velho, uma cidade protagonista de grandes viradas ao longo do tempo onde os favoritos acabam tubulando gloriosamente. Temos exemplos bem nítidos destas viradas, com pelejas em reviravoltas. Roberto Sobrinho saiu de quase zero de intenções de votos, para derrotar uma poderosa aliança entre Mauro Nazif e Carlinhos Camurça. A conta na época era de que Nazif unido a Carlinhos teria quase 85 por cento do eleitorado. A base  rejeitou a aliança e Sobrinho acabou ganhando a parada de Nazif.

Muitos exemplos

Costuma-se se dizer que em Rondônia, os últimos serão os primeiros. Vejam só, o vereador menos votado em 1982 na capital, e beneficiado por uma revisão de votos, José Guedes, foi indicado prefeito de Porto Velho. O deputado estadual menos votado, também beneficiado por revisão de votos do TRE, foi homologado pelo Congresso Nacional para ser governador em Rondônia. Carlinhos Camurça virou em cima de Everton Leoni, Nazif virou sobre Garçon, Hildon, foi outro fenômeno. Também tivemos grandes zebras ao governo do estado –Jerônimo, Piana, Raupp, Bianco levando a melhor sobre favoritos. É coisa de louco!

As pesquisas

A partir de janeiro vão pipocar as pesquisas  de intenções de votos para os candidatos a prefeito de Porto Velho. Chamo atenção dos institutos mais sérios, aqueles que não vendem suas amostras, para identificar melhor as intenções de votos dos segmentos evangélicos e do GLBT e qual será influência do desgaste do govenador atual em apoio algum candidato chapa branco. Geralmente Porto Velho vota contra os candidatos dos governadores, mesmo eles sendo muito prestigiados, como Marcos Rocha, eleito e reeleito. E até que ponto a rejeição do governador influencia a candidatura chapa branca.

Para vereança

Se efetuar pesquisa a prefeito já está ficando complicado, com tantos segmentos que precisam ser auscultados, imagine, o cara pálida, numa enquete para vereador. Temos nomes desconhecidos no Bairro Nacional, mas bem referendados no Caladinho. Como medir esta situação numa amostragem ínfima de eleitores, se todos os bairros precisam ser ouvidos para se ter uma situação mais clara? Veja o caso de um candidato do bairro Tancredo, que ninguém sabe quem é no Caiari, Olaria e São Cristovão. Ou mesmo o eleitor da Liberdade, que desconhece nomes do Jardim Santana. E o desempenho dos candidatos do Setor Chacareiro no Areal? E nos Distritos, agora muito populosos, onde sno se pesquisa ninguém...

Muitas surpresas

Por isto, na eleição s 23 cadeiras a vereador em Porto Velho, teremos muitas surpresas, nomes desconhecidos alçados a vereança. Um pouco também pelo desgaste da atual legislatura que mostrou claramente que não fiscaliza patavina nenhuma do Executivo municipal. Votam tudo a toque de caixa, como no desgastante caso do reajuste do IPTU. Existem também muitos predadores dos atuais edis, que já foram vereadores e deputados estaduais, como José Ribamar, Herminio Coelho, Jair Montes, Eyder Brasil, entre tantos outros nomes para serem apreciados pelo eleitorado no ano que vem.

Via Direta

*** A bandidagem vai tomando conta de Porto Velho neste final de ano com assaltos, arrombamentos, homicídios. Salve-se quem puder *** Vem aí as festividades de mais um aniversário de Rondônia neste 4 de janeiro, data comemorativa da instalação do estado. Os rondonienses em festa *** Fim de ano e com os recessos da Assembleia Legislativa e das Câmaras de Vereadores no estado o noticiário político vai miando *** No Congresso, os deputados e senadores aumentaram os valores, quase dobraram os recursos do Fundão Eleitoral e das suas emendas parlamentares *** Quem se importa mais com saúde, educação, segurança? E o povão que se dane. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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