Quarta-feira, 14 de outubro de 2020 - 08h38
Apesar
de uma centena de pequenos municípios terem candidato único, a maioria dos
municípios, especialmente as capitais, apresentam um número enorme de
candidatos. Dois fatores predominam para estabelecer esse quadro. O primeiro é
a desesperada tentativa dos partidos registrados de ultrapassar as duras cláusulas
de barreira, que os obrigam a ter votações elevadas e bem distribuídas
nacionalmente.
É
uma empreitada dificílima por conta do fundo partidário, que irriga os grandes
partidos, e pelo desânimo dos eleitores. Eles sempre votam em candidatos que
prometem combater a corrupção, mas a cada dia veem os malfeitos se multiplicar,
em transações mafiosas, caixa 2 e lavagem de dinheiro.
O
segundo fator é a existência de duas desuniões muito claras: no bloco vencedor
em 2018, as alas militar, evangélica, ideológica, técnica, boi, bala e
extrema-direita disputam palmo a palmo posições dentro do governo e nas
eleições elas aparecem muitas vezes apoiando candidatos opostos.
Ainda
mais desunidas, as oposições se dividem entre as alas liberal na economia e
costumes, centro-esquerda, verdes, trabalhismo, lulismo, esquerdas leninista,
estalinista e trotsquista. O que virá de tanta desunião será mais crise, a
menos que os eleitos sejam capazes de unir para aproveitar a melhora das
condições econômicas mundiais pós-pandemia.
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Eleições 2020
Com
tantos candidatos – mais de vinte municípios com 15, 16 postulantes nas pelejas
– algumas municipalidades se revelam apetitosas para a classe política. São os
casos de Curitiba, Campo Grande e até Porto Velho que aumentou 150 por cento o número
de seus postulantes no pleito deste ano, conforme o G1. Mesmo com problemas
insanáveis até agora, como alagações, saneamento básico que aglutina rede de
galerias fluviais, distribuição de água tratada e coleta de esgoto, Porto Velho
é uma prefeitura atrativa para os políticos.
Sem atrativos
Sem
atrativos mesmo é a prefeitura de Pimenta Bueno, palco de afastamentos de
prefeitos e prefeitas nos últimos anos. Trata-se de um município com pouco mais
de 50 mil habitantes, arrecadação mixuruca que no passado foi conhecida como a “Princesinha
da BR” pelo seu esplendor. Outra “princesa” que se esfacelou foi Guajará Mirim,
conhecida como a Pérola do Mamoré, hoje vivenciando uma crise daquelas e
precisando ser revitalizada.
Um pé frio?
Os
adversários do prefeito Hildon Chaves (PSDB) afirmam que o alcaide escolheu mal
o seu vice, instalando uma chapa puro sangue. Argumentam que o vereador Mauricio
Carvalho é uma nulidade e enterrou a candidatura ao governo de Expedito Junior
na capital em 2018 e vai fazer a mesma coisa com o tucano. Na formação de uma
chapa puro sangue realmente ocorreu um equívoco do alcaide pois deixou de se reforçar
a aliança com outros segmentos do eleitorado, mas no caso de Expedito, foi a rejeição
do ex-senador em Porto Velho a grande causa da derrota - e não do jovem
mauricinho.
As estimativas
Nas
estimativas dos quartéis generais de campanhas da oposição, o prefeito Hildon Chaves
vai atingir no máximo 25 por cento de intenções de votos na atual campanha, um
teto muito baixo para a disputa no segundo turno. Nas avaliações dos sabidões
oposicionistas, ele vai levar muito pau dos adversários e a tendência ainda é
diminuir ainda mais seu percentual de aprovação perante o eleitorado. Já, os
adeptos do tucanato veem o alcaide crescendo na hora certa para desembarcar
forte no segundo turno
Cavalo de Tróia
Tem
um candidato a prefeito sujo e trapaceiro, que teria instalado um cavalo de
tróia na campanha de um adversário na capital. O espião passa todo dia agendas,
estratégias de campanha. Não seria a primeira vez que isto acontece nestas
bandas, a jogada vem de longe e tem funcionado inclusive em campanhas majoritárias
ao governo do estado nos últimos anos.
Caso não seja descoberto, o tempo vai provar, pois o traíra em caso de
vitória do seu verdadeiro patrão, geralmente é recompensado com cargo do primeiro
escalão.
Via Direta
*** Alguns candidatos a prefeitura de
Porto Velho estão na jornada 2020 na condição de meros coadjuvantes. Sem
expressão, quase sem horário eleitoral,
nomes como Geneci Gonçalves (PSTU) e Ted Wilson (PRTB) estão com dificuldades
na decolagem ***
Por outro lado, temos candidatos que merecem se eleger pelo critério de
longevidade nas disputas. Pimenta de Rondônia no PSOL disputa eleições há mais
de duas décadas e nunca ganhou nadica de nada *** Os adversários da atual administração na capital cutucam o alcaide
tucano dizendo que ele está recapeando ruas no centro sem necessidade,
relegando os bairros periféricos ainda não contemplados com pavimentação ***
E a voz das ruas ecoa na capital, com uma multidão de indecisos tanto para prefeito
como para a vereança.
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