Porto Velho (RO) domingo, 5 de maio de 2024
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Carlos Sperança

Corrida pelo apoio da família Bolsonaro para as eleições em Porto Velho


Corrida pelo apoio da família Bolsonaro para as eleições em Porto Velho - Gente de Opinião

Nem tudo é chato

A Amazônia está no epicentro da nova economia mundial, defende Andrea Pampanelli, especialista em sustentabilidade e integrante do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Não é novidade, como também o petróleo não era novidade há seis mil anos. No entanto, o ouro negro nunca havia sido fonte de grandes riquezas até Edwin Drake perfurar o primeiro poço, em 1859.

Um mergulho nas lendas da floresta mostra que o lago Amacu tinha uma ilha coberta de xisto micáceo, material que Alexander von Humboldt apontou como causador de forte brilho ao ser iluminado pela luz do sol, dando a ilusão de riquezas aos europeus. Tal ilusão deu origem a outras duas: a cidade de Eldorado, toda feita em ouro maciço, e a fonte da juventude.

Passadas a limpo, as lendas encerram uma verdade que se for compreendida vai representar o mesmo que o poço petrolífero pioneiro de Drake. O xisto micáceo é um item da biodiversidade amazônica. O famoso biopirata francês Charles-Henri de la Condamine estudou o lago Amacu, mas não se encantou com o brilho. Preferiu a realidade – e ela estava na biodiversidade.

Vindo para estudar se a Terra era redonda ou achatada nos polos, a borracha lhe apareceu porque observou a realidade. Não passou à história pelo óbvio de a Terra ser um pouco chata, mas por antever a riqueza oculta na floresta. A Amazônia é o epicentro da economia mundial e quem entender bem isso vai enriquecer.

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A reconciliação

Alguns emedebistas falam que já ocorreu uma reconciliação entre o senador Confúcio Moura e o senador Valdir Raupp, rompidos desde as convenções de 2018, quando o evento acabou em pancadaria. Mas até agora não se viu sequer imagens deles abraçados, pulando cirandinha em encontros do partido pelo interior do estado. Acredito no entendimento porque é da conveniência de Confúcio, que tudo indica será candidato ao governo estadual em 2026, e de Valdir Raupp que sinaliza sua volta as pelejas, possivelmente disputando uma cadeira ao Senado em dobradinha com El Carecon.

Reconhecimento

Na peleja contra o poderio das empresas aéreas que reduziram os voos e aumentaram geometricamente o preço das tarifas em Porto Velho, devemos reconhecer que o prefeito Hildon Chaves foi o único político que tomou providencias de forma mais concreta para reverter o triste cenário vigente. Enquanto que os demais políticos ficaram na conversa fiada – me refiro de vereador a senador e ao governador – Hildão encarou a briga processando as empresas infratoras. Nosso alcaide sempre tem se posicionado, mesmo nas situações mais aflitivas e isto faz a diferença dele com os políticos populistas.

Corrida aberta

Está aberta entre os candidatos a prefeito de Porto Velho a corrida pelo apoio dos irmãos Bolsonaro e da ex-primeira dama Michele para a eleição em primeiro turno em 6 de outubro. Nas primeiras articulações, se constata a postulante dos Progressistas, Mariana Carvalho, a frente dos demais candidatos bolsonaristas, a saber, Fernando Máximo, Cristiane Lopes e Leo Moraes. Com o presidente Bolsonaro em alta, o apoio do clã é consideravelmente importante para aqueles que disputam as eleições municipais. Tem uma variante, no entanto: e se o PL, Partido do presidente lançar candidatura própria na capital, como fica a coisa?

Eleições 2024

A lógica sinaliza uma polarização em Porto Velho entre Mariana Carvalho (Progressistas) e Fernando Máximo (União Brasil). No entanto, recentes pesquisas nacionais, mostram uma outra situação. Nos municípios, haverá pouca influência dos expoentes nacionais Bolsonaro e Lula, prevalecendo as rivalidades tribais locais. A tendência verificada nas últimas sondagens mostra a possibilidade de prefeitos populares, caso Hildon conseguir mandar para o segundo turno seu ungido. A surpresa da pesquisa, é que o nome considerado mais antagonista do prefeito ter boas chances também de atingir o segundo turno. Este nome em Porto Velho seria Leo Moraes (Podemos).

Pau canta

O fato é que, o que  se vê nos bastidores por enquanto é uma briga bolsonarista em Porto Velho. O pau vai cantar na moleira de Fernando Máximo e Mariana Carvalho. Lembrando que a campanha começa oficialmente por aqui só quando aparecem as primeiras pesquisas fajutas e muita lama no ventilador dos expoentes da disputa. Por enquanto não tivemos ainda jogadas abaixo da cintura, mas elas virão, com certeza. A tradição das campanhas a prefeito na capital rondoniense é de ataques sanguinários aos QGs dos inimigos. Quem sabe, com tudo isto, não aparece uma terceira via?

Via Direta

*** As mudanças climáticas vieram para valer. Vide o que ocorre no Acre, até poucas semanas alvo de uma seca atroz e agora com 17municípios, inclusive a capital Rio Branco, enfrentando enchentes *** Também se vê os rios em Rondônia subindo no interior do estado e o nosso Rio Madeira já mostrando novas subidas a cada dia. Já estou de cabelos em pé *** O setor hoteleiro de Porto Velho clama por um Centro de Convenções na capital rondoniense como forma de atrair mais eventos de negócios e movimentar o comercio nos bares e restaurantes *** Excelente proposta do vereador Alex Palitot para a revitalização do centro histórico de Porto Velho. Vamos ver se o próximo prefeito faz alguma coisa.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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