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Carlos Sperança

Corrida do ouro, a briga do PL e o predador


Corrida do ouro, a briga do PL e o predador - Gente de Opinião

Culpar os fatos

“A culpa é dos fatos, meu amigo”, dizia o implacável poeta italiano Luigi Pirandello. “Somos todos prisioneiros dos fatos”. O cientista brasileiro Augusto José Pereira Filho, professor do Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), expôs um fato: a seca extrema já estava prevista e deveria causar de imediato um plano de mitigação de impactos.

A mesma ciência que consegue determinar quando os eclipses vão ocorrer também antecipa com bastante precisão possíveis rigores climáticos e sugere medidas para se antecipar a eles, acionando medidas cabíveis de proteção.

Imprevistos acontecem. Quem tem juízo prefere se fortalecer e organizar para enfrentá-los a se desesperar depois que acontecem. Não é o mesmo que ansiedade doentia perante o futuro: é a lógica de que depois da tempestade vem a bonança, mas com certeza terá mais bonança – e vai chorar menos – quem estiver estruturado para resistir aos impactos dos imprevistos.

“A meteorologia hoje é dotada de ferramentas muito importantes e, infelizmente, parece que ainda não aprendemos a antecipar essas situações de maneira apropriada”, disse o professor Augusto. “Com isso, toda essa população, que depende da água e dos rios para o transporte, acaba sofrendo de forma bastante dolorosa, e não deveria ser assim”. Culpar os fatos depois não vai adiantar nada.

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Um predador

O governo Marcos Rocha (União Brasil) trata o diretor geral do Detran, o ex-deputado federal Leo Moraes a pão e água e com isto o presidente regional do Podemos só tem controle meia boca do órgão que dirige. Existe um motivo muito especial para que as asas de Leo sejam aparadas: ele é considerado um baita predador do ungido palaciano, deputado Fernando Máximo (UB) na disputa pela prefeitura de Porto Velho. Leo, nas primeiras sondagens para as eleições municipais de 2026, já desponta muito bem na foto e de forma equilibrada, com Máximo e Mariana Carvalho. É osso.

A briga do PL

A disputa pelo comando do PL rondoniense ainda vai longe entre idas e vindas dos senadores Jaime Bagatoli e Marcos Rogério. A favor de Bagatoli, o fato da sua ala contar com um senador (ele) e dois deputados federais Coronel Chrisostomo, Silvia Cristina e o apoio dos irmãos Bolsonaro. Do Lado de Marcos Rogério, o aval do presidente nacional do partido Valdemar da Costa Neto, que para trair e se coçar é só começar. Em jogo nesta disputa estão os fartos recursos do fundo eleitoral. O comando do Diretório estadual também garante as homologações de candidaturas ao Senado e ao governo do estado em 2026.

Queda de braço

Nova queda de braço entre os deputados estaduais e o governo Marcos Rocha. Os parlamentares rebeldes, que estão em sintonia com as entidades contrárias ao aumento do ICMS, estão sendo penalizados com as demissões de seus indicados. Como se sabe, cada deputado tem uma cota de funcionários indicados no governo estadual para votar favoravelmente nos projetos governistas, mas quando rebelados, perdem a regalia. Seguem os entendimentos buscando um acordo entre as esferas econômicas do governo estadual e as lideranças do comercio e da indústria.

Corrida do ouro

Garimpeiros rondonienses com suas balsas avariadas na região do Belmont estão recuperando equipamentos e reformando o que é possível e voltando as atividades clandestinas em Porto Velho, enquanto que outros inconformados com a fiscalização da Policia Federal e do Ibama buscaram refúgio na região de Autazes, no Amazonas, onde os faiscadores têm obtido bons resultados também no Rio Madeira. Enquanto isto, haja mercúrio no Rio Madeira, de Porto Velho a Autazes. Muito peixe contaminado e causando doenças na região.

Terras caídas

A exemplo do que ocorre em municípios amazonenses e paraenses, Rondônia, notadamente Porto Velho, padece com o fenômeno das terras, caídas,  que são os desmoronamentos as margens dos rios que acontecem nesta época do ano, com o recuo das águas dos principais rios amazônicos, como o Solimões, Madeira, Purus, Tapajós, etc. Em Rondônia, o Ministério Público quer que a situação das quedas dos barrancos na região de Porto Velho seja investigada para auscultar a influência das obras da Usina de Santo Antônio. Aparentemente, nesta questão, pelo menos, a usina deverá ser inocentada já que o fenômeno ocorre em toda Amazonia Ocidental.

Via Direta

*** Na capital, já é enorme a prática de “gatos”, que são as ligações clandestinas de energia em condomínios graduados, aqueles dos riquinhos *** A incidência da clandestinidade também é grande nas panificadoras e metalúrgicas e o bicho está pegando com a sequência das investigações da Energisa e o acompanhamento das autoridades policiais ***Depois de atuar dois anos e abrir cinco unidades em Porto Velho, a rede de farmácias Santo Remédio, de Manaus, abriu o bico e foi engolida pela rede nacional Ultrafarma *** O final de 2023 tem sido terrível com ondas de calor até 40 graus e com tantos vendavais em vários municípios rondonienses *** A cidade de Porto Velho tem sido muito atingida com destelhamentos, quedas de arvores e estabelecimentos comerciais avariados. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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