Porto Velho (RO) sábado, 27 de abril de 2024
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Carlos Sperança

Bolsonaristas e petistas apostam em mais uma polarização nas eleições municipais de 2024


Bolsonaristas e petistas apostam em mais uma polarização nas eleições municipais de 2024 - Gente de Opinião

Dinheiro e dinheiro

Na variedade de assuntos, propostas, denúncias e egos ansiosos para se sobressair na Cop28, em uma vasta quinzena repleta de eventos, seria impossível destacar uma só personalidade e um só tema. Provavelmente só em um caso uma personalidade, uma instituição e um tema interligados no mesmo evento se destacaram simultaneamente: Aloizio Mercadante, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que ele preside, e a proposta dele e do Banco de criar o Arco da Restauração (AR).

Como se fosse a providência que bloqueia um vazamento, o AR seria a resposta ao Arco do Desmatamento, a fronteira agrícola na qual se concentram os maiores índices de desmatamento da Amazônia. Se para a maioria dos problemas as duas principais soluções são dinheiro e dinheiro, para esse importante projeto as melhores consistem em criar já um fundo de US$ 10 bilhões para custear um cinturão de restauro da vegetação perdida em áreas prioritárias e triplicar esse volume nas décadas seguintes.

No entanto, como é inútil tirar água da canoa avariada com uma caneca sem tapar o furo, o projeto, custoso, difícil e de longo prazo, não vai funcionar se o desmatamento criminoso continuar. A medida de recuperar a mata não pode ser do tipo destrói hoje num minuto e repõe depois ao longo dos anos. Precisa começar pela noção de que sem desmatar se pode ganhar muito dinheiro já e protegendo a floresta se pode ganhar ainda mais no futuro.

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Nadando de braçadas

Se é alguma coisa que o governador de Rondônia Marcos Rocha (União Brasil) e o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves – não se sabe qual partido está, se é o UB ou o PSDB – é com a oposição. Não existe, tanto na Assembleia Legislativa, como na Câmara de Vereadores de Porto Velho. Só em temas muito desgastantes, como foi o reajuste do IPTU na prefeitura de Porto Velho ou na definição do índice de cobrança do ICMS no caso do governo estadual, alguns parlamentares chiaram e assim mesmo muito poucos. Governador e prefeito nadam de braçadas, sem fiscalização.

A polarização

Bolsonaristas e petistas apostam em mais uma polarização nas eleições municipais de 2024. Sendo assim, se tratando de Rondônia, mesmo com a aliança de Lula se fortalecendo, onde o MDB tem apresentado grande crescimento com a liderança do senador Confúcio Moura, o conservadorismo deve levar vantagem. O partido de Lula, o PT, não apresenta candidatos viáveis nos principais colégios eleitorais do estado, tampouco os demais partidos da federação Brasil Esperança. O caminho está livre para o União Brasil, Partido Liberal, Progressistas e outros a direta ganharem mais prefeituras.

A pele do governador

Querem (os oposicionistas) a pele do governador Marcos Rocha (União Brasil) para fazer tamborim. Pela terceira vez em menos de um ano o escritório jurídico do mandarim rondoniense conseguiu sucesso nas instâncias da justiça, evitando a cassação do mandato da chapa completa, com Marcos Rocha e o vice Sergio Gonçalves. Se na esfera da Assembleia legislativa, Marcos Rocha tem maioria com sua base aliada, no plano federal tem três senadores oposicionistas. Seja com Confúcio Moura (MDB-Ariquemes), como os liberais Marcos Rogério (Ji-Paraná) e Jaime Bagatolli (Vilhena).

Correndo trecho

O ex-senador Acir Gurgacz já corre trecho, na condição de presidente estadual do PDT visando organizar o partido para as eleições municipais do ano que vem. Na semana passada teve encontros em Ji-Paraná e Porto Velho ouvindo as bases para traçar diretrizes e firmar alianças. Avaliando o cenário regional, Acir enfatiza que o partido deverá crescer muito no pleito de 2024, recebendo e estimulando novas lideranças. A prioridade para as alianças é nos principais polos regionais, casos de Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e Vilhena.

A questão do ICMS

A questão do aumento da alíquota do ICMS nos estados continua gerando conflitos políticos. Em Rondônia, o governador Marcos Rocha ganhou a parada aumentando o percentual de 17 para 19,5 para recuperar a arrecadação pós-pandemia, com apoio dos deputados estaduais. Mas em alguns estados, as pressões populares deram resultados, e os governadores estão voltando atrás na iniciativa, como no Rio Grande do Sul aonde o governador Eduardo Leite é um presidenciável, e para não perder pontos com a população acabou deixando o reajuste do ICMS de lado. Vamos ver depois os reflexos da sua decisão na economia gaúcha.

 

Via Direta

*** Com as chuvas nesta estação do inverno amazônico, o lençol freático de Porto Velho já subiu o suficiente para atender a população abastecida pelos poços caseiros tão prejudicados durante a estiagem histórica na região *** Grande parte dos moradores na periferia foi obrigada a aprofundar os poços no verão 2023 a razão de R$ 250,00 o metro *** Em Ji-Paraná, com o prefeito Esaú Fonseca de volta ao Palácio Urupá, se renovam as expectativas de que ele dispute a reeleição no ano que vem *** Segue o êxodo demográfico rondoniense em algumas regiões do estado. A preocupação dos prefeitos é com relação as perdas no rateio dos tributos federais.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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