Quinta-feira, 20 de agosto de 2020 - 14h26
Em dezembro desse ano completo 28 anos de moradia em Rondônia, com a
minha família, vindos do nordeste para conhecer e trabalhar nas terras do
Marechal; muito aconteceu nesse período.
Um exemplo é o sonho da ligação de Rondônia e Acre com os mercados andinos,
a chamada estrada para o pacífico.
Desde 1992 fala-se muito nesse grandioso projeto.
Adormeceu por mais ou menos oito anos e reviveu entre os idos de 2013 e
2015, mas com um incremento maioral: o projeto original da estrada veio a se
transformar, na boca de muitos políticos numa idéia megalomaníaca de sair do
mato grosso rasgando mais de 5 mil quilômetros até as praias do Peru. Imagine.
Uma obra faraônica, que se fosse exequível, possivelmente consumiria
mais de 30 bilhões de reais e teria além das assinaturas de Brasília DF,
quatro governadores e vários prefeitos e também de autoridades da República da
Bolívia e do Peru.
Não é à toa mesmo que não consegue decolar, nem as estradas de asfalto e
muito menos a estrada de ferro, tão promissores para o desenvolvimento regional
do sul da Amazônia e dos países de língua espanhola, nossos hermanos.
Dizem no futebol que quem não faz gol: leva!
Pois bem, está em andamento no centro do Brasil outra rota que poderá
reduzir muito a prosperidades de Rondônia, Acre e Amazonas.
Estou falando dos projetos de parcerias privadas para a construção de um
trecho de ferrovia que liga o Mato Grosso ao Goiás, sendo um novo trecho que
sairá do município de Água Boa (MT) para avançar 383 quilômetros até a cidade
de Mara Rosa (GO), onde vai se conectar ao eixo central da Ferrovia Norte-Sul.
Essa obra dá início à prometida Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico),
por meio de um acordo já firmado com a Vale.... as obras começam em 2021 e
devem ser investidos a bagatela de R$ 2,75 bilhões.
Na Bahia o ministério da infraestrutura já reservou recursos para a
conclusão da ferrovia de integração do Oeste-Leste (FIOL) e ainda tem mais 933
Km de estrada de ferro que sai de Sinop no MT ao porto de miritituba no estado
do Pará.
Vejam a dinâmica do transporte do agronegócio organizando suas metas de
redução de custos, naturalmente o capital e o mercado procuram os melhores
caminhos e, os mais curtos - desculpa o trocadilho.
As obras juntas devem levar 4 ou cinco anos, e consumirão possivelmente
R$ 13,20 bilhões, dinheiro privado - isso mesmo, investimentos do capital
no escoamento da produção o que significa que boa parte deverá migrar para esse
novo corredor.
No futebol dizem que quem não faz gol, leva.
As bancadas federais do Acre, Amazonas, rondônia e do Mato Grosso nunca
discutiram isso com maturidade e profissionalismo e tão pouco as federações
patronais e as grandes empresas ali radicadas colocaram projetos alternativos e
concretos para o escoamento como este que vemos aqui, no centro geográfico do
país.
Caso não mudem suas estratégias, ou as lideranças, poderemos ver em
breve um possível e sensível esvaziamento das riquezas agropecuárias que fluem
pela BR 364 e seus modais complementares atuais.
E aqui faço um apelo aos empresários e políticos do sul da Amazônia:
pessoal, está passando da hora de privilegiar estudos técnicos sérios que
promovam de verdade o desenvolvimento sustentável dos negócios urbanos e rurais
dessa região.
Abaixo as vaidades e a miopia, arriba a união e o trabalho pelas
famílias da Amazônia.
Façamos juntos, por merecer, antes tarde do que nunca, não é mesmo?
Graça e Paz.
Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Rondônia no ano de 2024
O estado de Rondônia continua mantendo seu lugar privilegiado como o segundo estado da Região Norte do Brasil no ranking do Valor Bruto da Produção
Grandes Cidades têm comunidades de mortos vivos
Estimados leitores dessa minha coluna, esse artigo de hoje dia 02 de junho traz mais um dos vários alertas que tenho publicado; muitas vezes alertas
Eu li ontem na página do senado federal uma matéria extremamente útil e importante para a democracia no Brasil (fiquei motivado e alegre de verdade)
Sobre o conclave no Vaticano, guerras de ideologias, as tarifas globais e o Oraculo de Delfos
Caríssimos leitores desta coluna, estamos no mês de maio. Para o mundo católico é o mês de Maria a mãe de Jesus, o Cristo de Paulo (de Deus).Me veio