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Abnael Machado

GEORGE JOÃO RESKY E O CINE TEATRO RESKY


GEORGE JOÃO RESKY E O CINE TEATRO RESKY - Gente de Opinião

George João Resky, libanês, nasceu na cidade de Bratum, em 1880, migrou para os Estados Unidos da América do Norte em 1902, com 22 anos de idade se estabeleceu no Estado da Califórnia no oeste americano na época da corrida do ouro.  Prosperou e chegou a ser proprietário de um haras na cidade de São Francisco, em cujos hipódromos os seus dois cavalos de raça árabe foram campeões.  A sua profissão era relojoeiro e também ourives e minerador.  Irrequieto, tomando conhecimento da construção da ferrovia Madeira-Mamoré no alto do rio Madeira, no Brasil pelo empresário norte-americano Percival Farquhar, se agregou a um grupo de contratados da May And Jekill Rondolph, chegando no povoado de Santo Antônio do Rio Madeira em 1909, neste se estabelecendo, montando uma loja de armarinho e gêneros alimentícios.  Em seguida mudou-se para Porto Velho, se estabelecendo na Rua da Palha (atual Natanael de Albuquerque), instalando uma casa comercial, na qual exercia suas profissões de relojoeiro e ourives, vendia tecidos, armarinhos e gêneros alimentícios.

Em 1911, voltou ao Líbano, casando-se com a senhorita Genny, libanesa, retornando a Porto Velho.  O Casal teve os filhos João, Antônio, Sebastião, Lula, Carolina Resky e Menta.

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Ele era um empresário empreendedor de visão, ao qual Porto Velho muito deve.   Os recursos monetários que obtinha investia na cidade.  Construiu a primeira casa de alvenaria em 1914; inaugurou em 1938 o primeiro cinema sonoro, o Cine Catega, posteriormente mudando sua denominação para Cine Brasil; instalou moderna padaria a Panificação Resky, instalou uma moderna loja de eletro-doméstico e materiais diversos, denominada Organização Resky.  Em 1950 presenteava à cidade com o moderno Cine Teatro Resky.

George João Resky faleceu em 13 de março de 1963 aos 83 anos de idade, foi sepultado no cemitério dos inocentes, em Porto Velho, no jazigo da Família.

Os seus filhos seguindo seu exemplo empresarial expandiram seus empreendimentos construindo casas residenciais, um armazém, um edifício de apartamentos e uma vila.

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HISTÓRIA DO CINE TEATRO RESKY

Em 1940 adquiriu um amplo terreno situado na rua Natanael de Albuquerque, em frente a praça General Rondon, destinado a construção de um grande edifício para neste ser instalada uma moderna casa de diversão dispondo das mais avançadas tecnologias existente.  O projeto arquitetônico do prédio foi elaborado por uma grande empresa de engenharia e arquitetura do Rio de Janeiro. Constando de auditório com capacidade para quatrocentos espectadores, amplo palco e tela panorâmica de projeção cinematográfica, camarotes situados em uma plataforma elevada tendo acesso por escadas laterais à direita e a esquerda sala de recepção, cabine de venda de ingressos, torre de alto falantes, sala de projeção de filmes, camarins de artistas, instalações sanitárias masculinos e femininos, largos corredores laterais com portas de emergência.  Sua construção teve início em 1944, por empreiteiras locais sendo concluída em 1949 e solenemente inaugurada em 1950 pelo então governador do Território Federal do Guaporé, Dr. Joaquim de Araújo Lima e Prefeito Municipal de Porto Velho, Dr. Ruy Brasil Cantanhede.

Era o centro preferido de lazer da população até a década de 1970, com o advento da televisão iniciou-se um declínio da freqüência as sessões de cinema.

No seu tempo áureo, o Cine Teatro Resky funcionava todas as noites com uma e quase sempre com duas sessões, e aos domingos com quatro sessões uma pela manhã (matinal), uma à tarde (matinê) e duas a noite sempre todas com lotação completa.

Em seu palco se apresentaram artistas nacionais e estrangeiros de renome internacional, músicos, cantores, atores, declamadores, cômicos e outros diversos setores artísticos e culturais.

Fonte: 
ABNAEL MACHADO DE LIMA Prof. de História da Amazônia/Universidade Federal do Pará Prof. de Geografia Regional/Universidade Federal de Rondônia Membro do Instituto Histórico e Geográfico/RO Membro da Academia de Letras de Rondônia 

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